Plenário

Sessão ordinária / Comunicações de Lideranças

  • Moviementação de plenário. Na foto: Vereador Tarciso Flecha Negra na tribuna.
    Vereador Tarciso Flecha Negra (PSD) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Moviementação de plenário. Na foto: Vereador Engenheiro Comassetto na tribuna do plenário.
    Vereador Engenheiro Comassetto (PT) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Na sessão ordinária desta quinta-feira (1/9), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos durante o período de Comunicação de Lideranças:

HOMENAGEM – João Bosco Vaz (PDT) homenageou os professores de Educação Física pelo passagem do Dia do Profissional de Educação Física, comemorado hoje, e saudou de forma especial o vereador afastado por licença médica Professor Garcia (PMDB), “que há quase um ano luta pela vida e que certamente faria uma homenagem como ele sempre propôs a estes profissionais”. Bosco ressaltou a importância do trabalho realizado pelos graduados na área, que se tornam, muitas vezes, “pais, amigos e sempre estão presentes nos clubes e nas comunidades mais carentes, oferecendo educação e inclusão social através do esporte e ensinando a cuidar do corpo e da mente”. Por fim, o vereador do PDT ressaltou a mobilização realizada pelos profissionais de todo o país para a criação do Conselho Nacional de Educação Física e, posteriormente, os conselhos regionais. (CS)

HOMENAGEM II - Prestando também uma homenagem ao vereador Professor Garcia (PMDB) e a todos os profissionais de Educação Física do Brasil, Tarciso Flecha Negra (PSD) afirmou que eles foram muito importantes durante a sua carreira de jogador de futebol. “Me passaram toda a base para eu sustentar 21 anos como profissional, me ensinando a ser um jogador de bem e a construir um caminho sólido para alcançar meus objetivos.” Tarciso contou que seu filho é formado na área e que ele escolheu “um caminho maravilhoso de saúde e de dedicação às outras pessoas, porque a Educação Física nos leva a uma vida saudável e cheia de esporte”, encerrou. (CS)

ANIMAIS – O vereador do PR, Rodrigo Maroni, levou à Tribuna termos de doação dos animais que ele resgatou no último ano para comprovar aos vereadores da Casa e, em especial, à colega Lourdes Sprenger (PMDB), o trabalho que ele está realizando. “Minhas contas no veterinário passam de R$ 100 mil e eu quero, sim, salvar cachorrinhos, cavalos, enfim, todos os animais, porque as políticas públicas são ineficientes.” Maroni comentou que já visitou quase 200 municípios gaúchos defendendo sua causa e que, na maioria, não há nem canil. “Eu abri mão das minhas férias e dos meus finais de semana porque eu sabia que, se eu ficasse fora de Porto Alegre, dois ou três animais morreriam por não encontrar auxílio’, disse o vereador, pedindo por uma delegacia e uma ambulância para os animais. (CS)

ANIMAIS II – Lourdes Sprenger (PMDB) se defendeu das críticas feitas por Rodrigo Maroni (PR) e falou que entrou com reclamação contra o vereador na Comissão de Ética da Câmara. “Não dá mais para desgastar a Casa com essa forma de defender a causa animal que não é a nossa linha. Eu já trabalho nisso há muitos anos.” Concordando que faltam políticas públicas para os animais, a vereadora optou por salientar as benfeitorias que estão sendo feitas, como a construção de um hospital para os alunos de medicina veterinária da UniRitter, que será capaz de realizar inclusive diagnósticos de câncer. “Nós estamos tentando minimizar os problemas que acontecem principalmente nas periferias, e o hospital será um grande passo para resolver isso." (CS)

GOLPE - Jussara Cony (PCdoB) disse que, no dia de ontem, houve a “consumação de um golpe na nação brasileira”. “Vamos seguir na luta, com a mesma coragem e dignidade com que enfrentamos a ditadura”, afirmou. A parlamentar também defendeu que o Senado foi palco de uma contradição. “Derrubam um mandato legitimo, num impeachment onde não houve crime, e, na tentativa de mascarar o golpe, não tiram os direitos políticos de Dilma”, declarou. Segundo Jussara, “o Congresso retrógrado, a mídia golpista, e o judiciário acovardado” colaboraram para o que chamou de “golpe na soberania nacional”. (PE)

GOLPE II – Cláudio Janta (SD) disse concordar com parte do discurso de Jussara Cony (PCdoB). “O povo tomou, sim, um golpe, quando o Congresso não cumpriu o rito sumário do impeachment”, afirmou ele, que classificou o processo como um “meio impeachment”. “Ontem, a chapa vitoriosa nas eleições (PT e PMDB) uniu-se novamente, permitindo que a ex-presidente Dilma mantivesse os direitos políticos”, alegou, sublinhando que réus da Operação Lava-Jato poderão se beneficiar da jurisprudência. Por fim, Janta falou que “um verdadeiro golpe foi dado no fator previdenciário e nos 11 milhões de desempregados”. “E o novo presidente já está avisado: se tomar as mesmas medidas, seguirá o caminho de Dilma”, finalizou. (PE)

TRAJETÓRIA - Em seu pronunciamento, Dr. Goulart (PTB) destacou que atende como médico há mais de 35 anos. “Já realizei milhares de cirurgias, partos e atendimentos, e atualmente trabalho com a prevenção do câncer, gravidez indesejadas e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, salientou. Falando sobre sua atuação no Departamento Municipal de Habitação (Demhab), ressaltou a fiscalização às casas noturnas. “A prevenção foi muito trabalhada e, desde então, nenhum incêndio nestes locais tirou vidas das pessoas”, disse. Goulart também manifestou a preocupação com a saúde da Capital.  “Como um médico que trabalha como político, busco melhorar a saúde de Porto Alegre, o que que muito me orgulha”, completou. (PE)

GOLPE III – Engenheiro Comassetto (PT) criticou a votação que ocorreu ontem (31/8) no Congresso e que impediu a continuidade do mandato de Dilma como presidente da República. Para o parlamentar, foi “um verdadeiro golpe legislativo”. Ainda complementou dizendo que o julgamento foi uma farsa. “Mas, para esta farsa que foi o julgamento de impedimento, são crimes apenas para a presidenta Dilma. Para os demais presidentes e governadores, que executam no dia-a-dia, não é crime. Uma grande farsa que feriu de morte a nossa tão jovem democracia.” Além de defender que não houve fundamento, Comassetto justifica seu pensamento informando que o golpe foi consumado ao destituir a presidente de seu cargo sem tirar os direitos políticos dela. De acordo com o vereador, os principais periódicos do mundo informaram o impedimento como um golpe parlamentar no país. (GS)

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
           Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
           Guilherme Sampaio (reg. prof. 18405)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)