Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta quinta-feira (15/8), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

PROCEMPA I - Mauro Pinheiro (PT) afirmou que “por muito tempo a Procempa ostentará o título de maior escândalo no Rio Grande do Sul”, referindo-se às denúncias de desvios de recursos no valor de mais de R$ 50 milhões. O vereador também falou sobre o requerimento para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a respeito da Procempa. “Queremos fazer um trabalho sério para que a Procempa volte a ser o que era. Pretendemos descobrir para onde foram estes recursos”. Mauro Pinheiro também parabenizou os vereadores que se uniram à oposição na CPI. “Assinar o requerimento significa ficar do lado do povo”, afirmou. (TA)

PROCEMPA II – “O PSD assinou a CPI, mas quero deixar bem claro que não vamos nos deixar levar pela paixão exagerada de alguns vereadores”, ressaltou o vereador Bernardino Vendruscolo. “Cabe aos vereadores propor leis que proporcionem melhorias para a cidade. Com responsabilidade, sem paixões. Eu e o vereador Tarciso Flecha Negra (PSD) pautamos os casos e nos posicionamos a favor de boas lutas”. O vereador também falou do projeto de lei que trata das questões da Junta Administrativa de Recursos de Infração (Jari). “Estamos buscando que todas as Jaris, para funcionar, tenham dentro do grupo a presença de um advogado. Achamos que o advogado, por sua formação, tem mais conhecimento das leis”. (TA)

PROCEMPA III- Fernanda Melchiona (PSOL) também falou sobre a Procempa, “Estamos assistindo durante meses a investigação, e quero parabenizar a bela atuação do Ministério Público com a operação Sete Chaves”, afirmou a vereadora, referindo-se ao trabalho que cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços de pessoas ligadas à Procempa. “Os R$ 50 milhões desviados é trabalho de uma quadrilha que fez contratos irregulares e contratou CCs para trabalhar em outros locais do paço municipal”. A vereadora também falou sobre as assinaturas para instalação da CPI da Procempa. “Fico preocupada quando o governo critica vereadores que cumprem com o seu dever. Eles deveriam estar preocupados em tirar o PTB da Procempa e devolver os R$ 50 milhões”, criticou. (TA)

FORTUNATI - “Muita propaganda. Esta é a marca do governo do prefeito Fortunati”, criticou o vereador João Derly (PCdoB). Conforme o vereador, há um ano o atual prefeito prometeu, durante sua campanha, concluir as obras da Copa, fazer o metrô, melhorar o transporte coletivo. “No entanto,  passado um ano, vemos que o que o prefeito tinha nos apresentado era uma cidade utópica,  que só existia na televisão. Atualmente, estamos enfrentando uma crise financeira, o desvio de R$ 50 milhões da Procempa, o sucateamento da Carris,  dificilmente teremos o metrô e sabemos que as obras não serão concluídas”. De acordo com o vereador, para Porto Alegre avançar as práticas políticas precisam ser renovadas “e isto a atual prefeitura é incapaz de proporcionar”, concluiu. (TA)

DESTRUIÇÃO
- Mônica Leal (PP) mostrou-se indignada com a depredação do prédio da prefeitura ontem à noite por supostos manifestantes mascarados. Mostrou fotos com pessoas portando paus e barras de ferro golpeando a porta do Paço Municipal e agredindo policiais militares que estavam trabalhando. "São vândalos, delinquentes e baderneiros", lamentou. "De pacíficos não têm nada." Mônica também criticou a defasagem de mais de mil brigadianos. "O que o governador tem a nos dizer sobre isso? Estamos à mercê da bandidagem", declarou, lembrando que os policiais militares do RS têm os piores salários do Brasil. (CB)

IAPI - Alceu Brasinha (PTB) falou do projeto de sua autoria que propõe a Semana do IAPI. “A vila do IAPI é muito conhecida, temos consagrada a ex-moradora Elis Regina no cenário nacional da música”, afirma. O vereador compartilhou com os demais parlamentares que “nas datas festivas de São João e Santo Antônio é acendida a tradicional fogueira do IAPI no local”. “Acho muito importante aprovar esse projeto, pois será um enorme presente para a cidade”, conclui. (LV)

PROCEMPA IV - Delegado Cleiton (PDT) falou que em sua trajetória como homem não gostaria de ser estigmatizado por pertencer a uma maioria ou minoria e, portanto, não quer ser estigmatizado por “defender um partido e querer que um plano de governo aconteça”. O vereador disse a Clàudio Janta (PDT) que não assinou a CPI da Procempa “não por achar que a base do governo está junto com qualquer tipo de ‘maracutaia’, mas por saber que a policia civil está atuando muito bem na investigação”. “Quando venho à tribuna, venho representar a minha consciência”, afirmou. (LV)

Textos: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
            Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
    Luciano Victorino (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)