Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal
Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)

No período destinado a Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (31/5), os vereadores trataram dos seguintes temas: 

SEGURANÇA - Rafão Oliveira (PTB) conversou sobre ideias que tem para segurança pública para a cidade com a intenção de gerar uma reflexão para a comunidade e sugestões para o governo. "O que vivemos aqui é um verdadeiro massacre", disse em relação à violência em Porto Alegre. Violência que atinge o cidadão de bem, conforme o vereador. Governos inoperantes e forças correram para enxugar dinheiro e o resultado é o índice alarmante de homicídios, latrocínios e crimes relacionados ao tráfico de drogas. "Peço a todos os vereadores para que apoiem os serviços policiais que estão com promoções atrasadas", disse. Rafão Oliveira defendeu uma atenção maior para investimentos na segurança pública no município. (MF)

INDEPENDÊNCIA - Reginaldo Pujol (DEM) manifestou seu apoio à homenagem póstuma ao ex-colega Pedro Américo Leal, ao salientar a importância de "assinalar com mais ênfase e respeito os colegas que já passaram por essa Casa com grande representação histórica", lembrando espaços do Legislativo que possuem nomes de vereadores, "como é o caso do ex-vereador Isaac Ainhorn". O parlamentar falou ainda sobre a discussão e retirada da pauta de votação do Projeto de Lei do Executivo que trata da reposição salarial dos municipários, ao observar que o texto da proposta "tinha nuances que não sustentaram a permanência dessa pauta na sessão ordinária de ontem". Pujol declarou sua independência no Legislativo e manifestou seu desejo de que o Prefeito possa realizar uma grande administração, ao reafirmar a necessidade de maior discussão sobre os projetos e diálogo a respeito de propostas da gestão municipal.  (AS)

TRATAMENTO - Valter Nagelstein (PMDB) disse que, embora tenha afinidade ideológica com o governo municipal em temas como o da meritocracia, a necessidade de tornar o estado mais ágil e a desburocratização do serviço público, não concorda com o modo como o Executivo municipal tem tratado a Câmara, enviando projetos sem maior diálogo com os vereadores. "Isso fragiliza a posição do líder do governo na Câmara." Observou que a forma rápida como o projeto que tratava da reposição salarial dos municipários foi a votação ignorou a audiência pública que estava agendada para o dia 19 de junho, a pedido do PMDB. "Não é possível que se passe por cima do PMDB e dos 36 vereadores. é preciso construir um projeto maior em que se discuta questões como cumprimento de metas e meritocracia. Mas retirar a reposição de 4% de funcionários que precisam, como os operários do DEP e da Smov. colocaria os vereadores em posição muito constrangedora. Reposição não é aumento de salário." Nagelstein ainda apelou ao Executivo para que tenha respeito ao Parlamento e às prerrogativas dos vereadores. "Discurso apolítico ou antipolítico não pega. O Parlamento tem o seu tempo. Agora é necessário sabedoria para que se inicie uma nova etapa com a construção conjunta de projetos que Executivo envie à Câmara." (CS)

COERÊNCIA - Tarciso Flecha Negra (PSD) lembrou ter trabalhado na Fase durante um ano, dando aulas para jovens de 15 a 18 anos de idade. "Porto Alegre tem de avançar, é preciso investimento em esporte e em educação." Sobre o debate a respeito do projeto que retirava a reposição salarial dos servidores municipais, retirado de pauta pelo governo, Tarciso afirmou que o parlamentar não pode votar diferente daquilo que defende quando vai à tribuna discursar. "Não tenho condições de votar contra o povo, não posso aprovar projetos que prejudicam milhares de pessoas. Não sou contra o governo e sempre votarei a favor de projetos que beneficiem o povo." (CS)

ALAGAMENTOS - Idenir Cecchim (PMDB) lembrou do aniversário do ex-vereador Bernardino Vendruscolo, comemorado hoje, e destacou a trajetória do ex-colega como vereador na Câmara e na sua atividade profissional. Cecchim também manifestou preocupação com os alagamentos na cidade decorrentes das fortes chuvas dos últimos dias e citou o exemplo do arroio Sarandi, cuja enchente deixou mais de mil pessoas desabrigadas. "A cidade está debaixo d'água. Há bombas que não dão conta dos alagamentos, e as pessoas, nestas situações, perdem móveis e pertences. é um sofrimento terrível a cada chuva mais forte em Porto Alegre." Destacou ainda que o comércio também sofre muitos prejuízos com os alagamentos e garantiu que a Câmara se coloca à disposição para ajudar a tentar intermediar providências. (CS)

DISCURSO - Cassiá Carpes (PP) afirmou que "o melhor discurso é aquele que é coerente com a trajetória" do político. "Cada vereador tem características e perfis diferentes. Os vereadores têm independência em relação ao Executivo, que não pode determinar o que os parlamentares devem fazer." Salientou que a Câmara pode ajudar o Executivo, mas não pode ser submissa a ele, pois tem a obrigação de fiscalizá-lo. Cassiá sugeriu ainda que Executivo eleja uma pauta positiva, permitindo que a Câmara possa votar e aprovar projetos que forem bons para a cidade. Informou que foi o autor do projeto que dá o nome do ex-vereador Pedro Américo Leal à bancada do PP, embora a proposta tenha entrado em tramitação constando a Mesa Diretora da Casa como autora. (CS)

ARMAS - “Faço da Campanha Armas pela Vida as minhas palavras”, explanou Rafão Oliveira (PTB) ao iniciar seu discurso na tribuna. Ele defende o porte de arma porque “não há qualquer relação direta com o desarmamento da população e a diminuição da criminalidade” e com a proibição do porte os “criminosos sempre se valem de posição privilegiada”, por possuírem uma arma de fogo. O vereador acredita que os crimes violentos não são causados pela disponibilização de armas, mas motivados por pré-disposição pessoal. “O cidadão foi impedido de se defender. O Estado obrigou o ‘cidadão de bem’ a se render ao crime através do desarmamento”, salientou. Por fim, Rafão declarou: “Estamos sendo derrotados pelo crime porque estamos adotando uma estratégia defensiva”. (CM)

FINANÇAS - Felipe Camozzato (NOVO) comentou sobre a necessidade de diminuir as contas públicas, pois “estamos em um momento delicado das finanças” nos níveis municipal, estadual e federal originado por “sucessivas más gestões” dos órgãos públicos. Ele mencionou o Projeto de Lei que tratava da reposição dos salários dos servidores e que foi retirado de tramitação pelo Executivo na tarde de ontem (31/5), afirmando que votaria a favor do PL, assim como votou contra o aumento do teto salarial do município e o aumento da folha de pagamento dos secretários municipais. “É impossível agir diferente diante da situação que estamos vivendo”, declarou. (CM)

BLOCO - Dr. Thiago (DEM) realizou um discurso a favor do Bloco Independente dos vereadores da Câmara Municipal afirmando que “nós não concordamos com essa lógica de demonização da política”. “Não defendemos o Estado mínimo nem o Estado máximo porque os dois querem a mesma coisa: a desorganização da sociedade para lucrar. Essa é a verdade”, enfatizou. Segundo ele, o Estado tem que diminuir seu tamanho, mas com responsabilidade porque ninguém é dono do Legislativo. “A população de Porto Alegre é a dona do parlamento”, finalizou. (CM)

POSTURA - André Carús (PMDB) contou que os vereadores estão divididos desde a votação do Projeto de Lei que tratava da reposição dos salários dos servidores ocorrida na sessão desta quarta-feira (31/5). “Tivemos esforços respeitosos de diálogo e de busca de soluções para melhorar os problemas da cidade”, disse em elogio aos colegas da Casa. No entanto, Carús criticou a postura do prefeito Nelson Marchezan Jr que postou um vídeo em suas redes sociais criticando os vereadores que eram contra o projeto, que foi tirado de tramitação pelo próprio Executivo. “Já são quase 200 dias de governo e o que se viu foi muito marketing, demagogia e ataque à Câmara”. Para ele, o prefeito fez “falsas acusações de que fomos contra o povo e isso não é verdade”. “Este Legislativo representa a média do pensamento da sociedade porto-alegrense e faz a medição de todos os conflitos sociais. Nós estamos a favor do povo bem mais do que o poder Executivo porque nós sabemos o que estamos fazendo”, finalizou. (CM)

Texto de: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
                Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
                Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
               Angélica Sperinde (reg. prof.7862)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)