Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal
Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)

Na tarde desta quinta-feira (18/5), vereadores e vereadoras de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em comunicações de Liderança, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal:

ESPORTES – “Praticar esportes nos dá outra vida, outra saúde e vontade de participar de tantas coisas que esta cidade nos oferece”. Ao fazer esta afirmação, Tarciso Flecha Negra (PSD) destacou a importância de que crianças, adolescentes e pessoas de terceira idade façam alguma atividade física com vistas a uma melhor qualidade de vida. “Pessoas de todas as faixas etárias devem praticar algum esporte”, disse o vereador. “É importante para a manutenção da saúde, da flexibilidade, da longevidade, para a redução de dores e doenças”, salientou. “A qualidade de vida pode ser melhorada com exercícios adequados e uma dieta saudável. Praticar esportes, essa é a minha bandeira”, finalizou Tarciso. (HP)

CANDIDATURA - Rodrigo Maroni (PR) falou sobre sua possível pré-candidatura à presidência da República. “Encontrei-me com o deputado Cajar Nardes (PR) e ele disse que, por ser uma pessoa jovem e defender uma causa, quebro paradigmas na política”, afirmou. Maroni considerou “fundamental” seu partido apresentar uma alternativa ao país. “Realizaremos uma reunião nacional da legenda para oficializar a pré-candidatura”, revelou. O vereador disse que, caso chegue à presidência, pretende devolver seu salário quase na integralidade e trabalhar com “apenas oito ou dez ministérios”. (PE)

REFORMA - Clàudio Janta (SD) falou sobre os acontecimentos e as denúncias envolvendo a Presidência da República, o Senado e o Congresso Nacional, para defender a reforma tributária e a revisão da reforma política. O parlamentar declarou a sua indignação com os fatos e estratégias que prejudicam o povo e a nação, criticando os políticos e os empresários que "se aproveitam de situações afins". Janta disse, ainda, "que o povo tem que dar um basta por ser enganado constantemente por políticos que, na cara de pau, continuam roubando no Brasil". O vereador ressaltou que "os acontecimentos de hoje foram a gota d'água para discutir o Brasil que queremos", ao defender a reforma tributária, lembrando que "a reforma que queremos é a diminuição de impostos sobre serviços, alimentos, na energia elétrica e outros". (AS)

SOBERANIA - Sofia Cavedon (PT) falou que o "golpe contra a presidenta Dilma tinha motivações claras e foi desmascarado", ao se referir às notícias dos acontecimentos e escândalos  sobre o envolvimento do presidente Michel Temer, dos políticos do PMDB e PSDB na operação Lava-Jato e investigações da Polícia Federal, criticando o fato de que o presidente Lula fosse sempre o centro das investigações no Brasil. A vereadora elogiou o trabalho da Polícia Federal, ao observar que "assim, será interrompido o processo da reforma trabalhista, impedindo o golpe pretendido de revogar a CLT", ressaltou, contestando a reforma da Previdência, " a partir da qual ninguém conseguiria se aposentar com o seu salário integral". A parlamentar pediu a volta da  soberania do povo brasileiro "com as eleições diretas já".  (AS)

CRISE - Moisés Maluco do Bem (PSDB) disse estar decepcionado com o discurso da vereadora Sofia Cavedon (PT) por ela ter perdido a chance de reconhecer que lugar de político corrupto, independente de partido, é na cadeia. Lembrou manifestação que fez nas redes sociais, em março de 2016, quando tratou do tema, afirmando que fosse quem fosse os corruptos deveriam ser punidos. Maluco do Bem destacou que ao contrário do discurso da colega petista, iludidas e trouxas são aqueles que diziam que a Lava-Jato era parcial, que a mídia era comprada e que o juiz Sérgio Moro não era sério. O vereador tucano reiterou que tanto Lula, como Aécio, se as denúncias forem comprovadas, devem ser presos e mais, que Aécio deve renunciar não só a presidência do partido, mas ao mandato. E que a corrupção não pode ser generalizada, por exemplo, ao conjunto de políticos que fazem um partido político. (MG)

CRISE II - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que é absurdo que o presidente Temer tente criminalizar os grampos e a denúncia feita pelos delatores da JBS, utilizando a mesma estratégia que figuras como Daniel Dantas e outros utilizaram no passado para acabarem impunes. Lembrou que na denúncia do senador Aécio Neves (PSDB) aparece o senador José Perrela (PMDB), proprietário de um helicóptero onde foram encontrados 400 quilos de cocaína. Para a vereadora, a crise é de um governo e de um Congresso apodrecidos, diante de um modelo de relações promiscuas do governo com setores privados, construídos pela elite brasileira, gestado na ditadura, em que vários sucumbiram e se adaptaram ao seu modus operandi. Reiterou que o PSOl denuncia isso desde o governos FHC, passando por Lula, Dilma e Temer, e que a saída é a convocação de eleições livres e diretas já. (MG)

CRISE III - Cassiá Carpes (PP) declarou tristeza com a situação do país, por um modelo que não é futuro para os jovens brasileiros. Que todos os partidos estão contaminados por um sistema político de promessas e falta de efetividade para os brasileiros. Para Cassiá, o problema não está no sistema, mas no caráter das pessoas, que apostam no conchavo fácil, no conluio entre o público e o privado. Ainda, que a doação para políticos pela Friboi é coisa antiga e que a primeira reforma a ser feita deve ser a dos partidos, que hoje sobrevivem da distribuição do fundo partidário, utilizado, na maioria das vezes, de forma indevida. Elogiou a divulgação das denúncias contra Temer pela Globo e afirmou que, ao contrário do que muitos dizem, elas foram mais contundentes que as de Lula. Criticou o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, afirmando que ele deve deixar o cargo. (MG)

CRISE IV - Mauro Pinheiro (Rede) disse que é preciso passar o Brasil a limpo. Que protocolou moção em apoio à Proposta de Emenda Constitucional 277/16, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede), que altera o artigo 86 da Constituição e permite, no caso de vacância da presidência e vice, até seis meses antes das eleições, um novo pleito, pelo voto direto, possa escolher o substituto. Lembrou que o deputado Alessandro Molon (Rede/RJ) já protocolou pedido de impedimento do presidente Temer e, caso isso ocorra, se não aprovada a PEC, a nova eleição será indireta, com o voto apenas ilegitimado dos congressistas. Apelou para que o presidente renuncie, antecipando as mudanças que o país precisa frente à crise econômica, ainda mais agravada com a alta do dólar e do euro, a queda das bolsas e o imobilismo político, que ontem travou os trabalhos da Câmara e do Senado Federal. (MG)

GRAVIDADE - Adeli Sell (PT) afirmou que o Brasil está vivendo um momento grave da conjuntura politica. “Nós nos somamos na defesa da PEC da mudança constitucional para que possamos ter eleições livres e diretas, porque todos os poderes estão sob suspeita. Acredito que para que o Brasil avance precisamos trabalhar para ter uma grande segurança no pais, as bolsas estão despencando e isso significa perda da força da economia, queda emprego e na renda da população”, declarou ao classificar o cenário atual como uma barbaridade. De acordo com o parlamentar, tudo isso tem que ser passado a limpo. “Essa Câmara tem que aprovar uma moção de apoio à PEC”, concluiu. (LV)

VOTO - Valter Nagelstein (PMDB) enfatizou que a política deve ser a arte de construir a dignidade das pessoas. “Mas com as últimas notícias que tivemos da administração federal, como a sociedade terá esperança? Ao mesmo tempo, não podemos nos iludir que esse é só um problema da política, pois o judiciário também passa por isso. A nossa economia privada também passa por escândalos, de grandes e médias empresas. Não é a política que está destruída, mas a sociedade em um todo.” Nagelstein salientou que não se pode esquecer da Constituição, que é  reflexo do universo brasileiro. “Defendo que o povo se prepare para uma eleição em que escolha melhor seus candidatos. O verdadeiro objetivo da política é também o melhor para o nosso país”, finalizou. (LV)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
             Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
             Angélica Sperinde (ref.prof.7862)
             Milton Gerson (reg.prof. 6539)
             Lisie Venegas (reg.prof.13.688)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)