Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Tarciso Flecha Negra na tribuna do plenário.
    Tarciso Flecha Negra (PSD) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Jussara Cony na tribuna do plenário.
    Jussara Cony (PCdoB) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Durante o período de comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (30/11), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

CHAPECOENSE
 – Tarciso Flecha Negra (PSD) declarou que a semana começou “muito difícil”, por causa do acidente envolvendo o avião da Chapecoense, e protocolou uma Moção de Solidariedade às vítimas. O ex-jogador do Grêmio ressaltou que o time conta apenas com títulos locais, e que chegou à elite do futebol brasileiro em apenas sete anos: “Eles eram apontados como exemplo de gestão. A cidade vai ficar marcada para sempre.” Tarciso ainda disse que perdeu dois grandes amigos na tragédia, como os técnicos de futebol Caio Júnior e Mário Sérgio, “este último que ajudou a trazer um título para o Grêmio”. Por fim, o vereador afirmou que a vida de quem trabalha com esporte, especificamente futebol, transita entre aviões e gramado: “Vivemos para fazer o torcedor feliz. Enchemos a mala de sonhos”. Também mandou forças à família do jogador Matheus Biteco. (AZ)

ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) falou sobre um caso de maus-tratos a um animal atendido por ele. “Recebi ontem, perto das 22 horas, a ligação de uma senhora, para atender uma cadela que espumava pela boca e pelos olhos. Mais uma vítima do descaso e da maldade humana”, afirmou. Segundo o vereador, desde as 18 horas o atendimento era tentado junto aos órgãos competentes do Município. “Depois das 17 horas, não há quem atenda os animais”, lamentou. Maroni ainda exaltou a presença no plenário de Yago de Souza, primeiro patinador autista do Brasil, conforme o vereador. “É um exemplo para qualquer um de nós, pois conseguiu superar todos os limites impostos a ele”, disse. (PE) 

EPTC – Idenir Cecchim (PMDB) reclamou da forma como a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) trabalha em Porto Alegre e criticou o diretor-presidente, Vanderlei Capellari, por não saber gerir a empresa. Segundo relato de Cecchim, havia dois funcionários da EPTC escondidos “no meio do mato” no final da Avenida Assis Brasil, em direção à cidade de Cachoeirinha, fotografando e multando os automóveis. “Eles estavam caçando e procurando multas”, afirmou. Outra reclamação do vereador foi a instalação de um pardal na Avenida Plínio Brasil Milano com limite de 40km/h, sendo que o limite do município é de 60km/h. “É desnecessário ter pardal naquele local. Eles não asfaltaram aquele trecho para melhorar a estrada e, sim, para colocar um pardal para multar os cidadãos”, lamentou. Por fim, o vereador disse que Capellari não tem orientação para presidir a EPTC. (CM)

EPTC II – Bernardino Vendruscolo (PROS) também comentou sobre a EPTC dizendo que não é contra aplicar multa, pois quem comete erros merece ser punido, mas é um escândalo autoridades se esconderem para multar. Para o vereador, o grande problema é a política arrecadatória que rege a empresa. “É do conhecimento do Executivo que há uma política interna da EPTC voltada para arrecadar. Não tem como negar”, afirmou. Ele mencionou também o projeto de colocar câmeras nos cruzamentos “mais distantes e sem segurança” da cidade para ficar multando 24 horas por dia. “Aí o cidadão ou foge do assaltante ou da faca da EPTC. Vamos discutir isso na semana que vem”, finalizou. (CM)

ABORTO – Jussara Cony (PCdoB) comentou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou que abortos realizados até os três meses de gestação não são crime, colocando “em outro patamar a discussão sobre os direitos reprodutivos das mulheres”. Cony criticou a Câmara dos Deputados por contestar a decisão do STF, afirmando que eles “não têm moral para criminalizar as mulheres”. A vereadora ainda comentou sobre os confrontos entre policiais e manifestantes de movimentos sociais e estudantis na frente do Congresso ontem (29/11).  “No mesmo dia em que o país parou para acompanhar a tragédia com o avião da Chapecoense, o governo Temer colocou a repressão nas ruas para impedir a mobilização popular contra a PEC 55, a ‘PEC da morte’”. (CM)

IPTU -  Sofia Cavedon (PT) contou que os vereadores do partido estão protocolando uma indicação ao prefeito contrária à decisão de José Fortunati de não dar desconto no pagamento do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) de 2017. “Não achamos que os cidadãos devam pagar a conta do descontrole da gestão pública porque a cidade está gastando mal com secretarias e cargos desnecessários que aumentaram a diferença salarial, comprometendo as finanças”, disse. Ela sugeriu que o desconto seja mantido para as pessoas que pagarem o valor integral do imposto nos primeiros dias do próximo ano. “Isso favorece o contribuinte e as finanças públicas porque a prefeitura recebe antes o dinheiro”, encerrou. (CM)

BUROCRACIA - Adeli Sell (PT) disse que, faltando apenas um mês para terminar o ano, precisa ainda fazer cobranças ao governo Fortunati sobre "questões burocráticas que a prefeitura inventou e que estão atrapalhando o empreendedorismo na cidade". Segundo ele, os empreendedores que desejam obter alvarás na prefeitura agora precisam também agendar uma visita a uma central de atendimento para saber se a sua empresa está apta a obter o documento. "A burocracia da prefeitura está acabando com os empreendedores de Porto Alegre. Muitas pessoas buscam legalizar seus negócios, e a prefeitura impede essa legalização. Alguns burocratas exigem, por exemplo, que todos os processos precisam ser enviados ao Ephac, onde algumas pessoas 'sentam em cima' dos processos. A burocracia está matando a cidade." (CS)

CONGRESSO - Dr. Thiago Duarte (DEM) manifestou a preocupação de seu partido em relação a emendas aprovadas no Congresso Nacional no sentido de tentar frear a Operação Lava Jato. Elogiou o trabalho exaustivo do deputado gaúcho Onix Lorenzoni, relator do projeto que trata da proposta do MP de combate à corrupção. "Lorenzoni ouviu as partes que atuaram em todo o processo da operação que tem desvendado esquemas de corrupção no país. Nesta madrugada, quando a nação ainda estava anestesiada pela tragédia que envolveu a delegação da Associação Chapecoense, tomamos conhecimento de que votação incluiu emenda que destrói o objetivo da Operação Lava Jato. A população está sentindo profunda preocupação e decepção, pois a corrupção precisa ser banida do país." (CS)

Texto:  Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
           Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)