Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Dr. Raul Torelly assumiu cadeira  Foto: Cassiana Martins
Dr. Raul Torelly assumiu cadeira Foto: Cassiana Martins (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
Nos tempos de Lideranças, os vereadores de Porto Alegre trataram de diversos temas na sessão desta quarta-feira (29/10). Além disso, foi empossado vereador o suplente Doutor Raul Torelly (PMDB), em substituição ao vereador Valter Nagelstein (PMDB), que entrou em licença. 

DOULAS - Jussara Cony (PCdoB) falou do projeto que obriga maternidades e casas de parto a manter a presença de doulas sempre que solicitada pela mãe. “Temos o direito de zelar por nosso corpo, de escolher”, afirmou. De acordo com a vereadora, desde os primórdios dos tempos, o nascimento é marcado pela presença das mulheres experientes da família. “A maternidade é um espaço sagrado de troca de experiências e de conhecimento”, disse. (TA)

DOULAS II - Fernanda Melchionna (PSOL) afirmou que o direito ao acompanhamento da doula deve ser garantido pela legislação. A vereadora também criticou os hospitais que já não cumprem com o direito de acompanhante. “Se os hospitais não cumprem nem com o a lei do acompanhante, a situação com as doulas torna-se pior ainda”, ressaltou. Conforme Fernanda, existem vários relatos de maternidades que proíbem a entrada das doulas. “Temos que lutar pela aprovação desse projeto e pela garantia de que as mulheres saibam desse direito; não é justo termos várias garantias e o povo não ter conhecimento”, destacou. (TA)

PARTICIPAÇÃO – “Quem tem medo da participação social? Resposta: o Congresso Nacional”, criticou Sofia Cavedon (PT). A vereadora mostrou-se indignada diante da posição do Congresso, que se manifestou contrário ao decreto da presidente Dilma Roussef que previa participação social. “Estão votando contra a participação popular. Quero me manifestar em nome do PT e afirmar que isto é um desrespeito, total falta de compreensão com o direito do cidadão. Este Congresso não representa a cidadania brasileira”, ressaltou. (TA)

TOMBAMENTO – Bernardino Vendruscolo (PROS) falou de seu projeto de lei que prevê o tombamento da antiga sede do Grêmio Gaúcho, localizado na Avenida Carlos Barbosa. O vereador explicou que o conjunto arquitetônico preenche todos os requisitos da legislação, que o enquadra perfeitamente como imóvel de valor histórico e cultural, tornando possível o seu tombamento. O vereador destacou a importância da obra para o Rio Grande do Sul e afirmou que já existe sinalização do Executivo de não aceitar seu projeto. De acordo com ele, se isso acontecer, a sociedade deve mobilizar-se e buscar medidas no Judiciário. (TA)
(TA)

EBOLA – Clàudio Janta (SDD) destacou o que considerou falha do sistema de saúde pública no encaminhamento e tratamento de paciente suspeito de Ebola em Porto Alegre. Segundo ele, o senegalês vindo de Caxias do Sul dirigiu-se ao Posto Santa Marta, no Centro, e, mesmo apresentando quadro de febre hemorrágica, foi encaminhado ao Postão da Vila Cruzeiro, quando, na sua opinião, deveria ter sido transferido para o Hospital Conceição, equipado e preparado para o isolamento necessário caso o diagnóstico da doença se confirme. Janta disse que Porto Alegre deveria ter seguido o exemplo dos casos suspeitos ocorridos no Paraná e em São Paulo, já que o exame para a confirmação do diagnóstico é demorado e realizado no Pará. (MG)

PARTICIPAÇÃO II - Idenir Cecchim (PMDB) afirmou que a derrota do Planalto no Congresso foi um aviso à presidente Dilma e ao PT de que as coisas não serão mais tão fáceis como foram até agora. Relativo ao decreto que previa a participação social, Cecchim disse que, em Porto Alegre, o PT nunca aceitou a oficialização do Orçamento Participativo. Ressaltou, ainda, que, em nível federal, a lei não foi aprovada pela tentativa de colocá-la "goela abaixo" dos parlamentares. O vereador declarou que a Nação sabe quem coloca a mão no dinheiro desviado dos cofres públicos e que acredita que vai ter “peixe grande” indo para a cadeia, fruto das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público e de denúncias de "brasileiros de boa fé". (MG)

PARTICIPAÇÃO III - Reginaldo Pujol (DEM) aplaudiu a decisão do Congresso de rejeitar o decreto que criava mecanismos de participação social. Afirmou que foi uma forma de autodefesa para "a tentativa do governo de degolar as prerrogativas do Parlamento". Disse que isso só foi possível porque parte da base aliada se uniu à oposição, compreendendo os riscos que a medida traria para o cenário político do país. Falou que nada acontece no Congresso sem que a base governista esteja de acordo e que, portanto, a crítica da vereadora Sofia Cavedon (PT) foi aos seus próprios aliados, especialmente ao PMDB, responsável direto pela vitória de Dilma nas eleições. Pujol destacou que o decreto presidencial nada mais era do que uma réplica do que foi feito pelo governo venezuelano e pretendia transformar o Congresso em "uma marionete do Executivo". (MG)

BULLYING - Waldir Canal (PRB) falou sobre a visita que fez à Secretaria Municipal de Educação (Smed) para buscar informações a respeito da Semana Municipal de Combate ao Bullying. "Constatei várias ações realizadas nesse sentido em diversas escolas, como o Programa Anti-Bullying e o Projeto Galera Curtição, que promovem a conscientização e a prevenção do preconceito no ambiente escolar", disse. O vereador solicitou ao Centro de Referência às Vítimas de Violência (CRVV) a inclusão do atendimento às vítimas de preconceito nas escolas, "para que estas possuam também um meio para buscar os seus direitos". (JD)

Texto: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
          Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
          Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)