Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de Plenário. Na foto: vereadores Cassio Torgildo (e) e Clàudio Janta
Centenas de servidores municipais acompanharam no Plenário Otávio Rocha a sessão desta quinta-feira (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Nessa quinta-feira (5/10), durante a sessão ordinária, os pronunciamentos dos vereadores e vereadoras na Câmara Municipal de Porto Alegre foram os seguintes:

MENTIROSO - Sofia Cavedon (PT) qualificou como grave o momento político enfrentado pelo Município ao afirmar: "O prefeito mente para a população que não tem voz no microfone dessa casa”. Segundo a vereadora, são cinco meses de "perversidade do parcelamento dos salários já proibido pela justiça". Conforme Cavedon, o prefeito não provou a inexistência de recursos e prefere pagar multa. Ela informou ainda que o Portal Transparência da prefeitura mostra que o prefeito preferiu pagar dívidas bancárias e empreiteiros ao invés de honrar os salários. “Pagar banco não é prioridade, é ilegal. É desfaçatez”, atacou a vereadora. (FC)

INVERDADES - André Carús (PMDB) frisou que, desde o começo da atual legislatura, as galerias da Câmara ficam lotadas por conta dos projetos polêmicos do Executivo. Segundo ele, a pressão das galerias obrigou o governo a retirar o projeto que previa a reposição salarial, embora o Executivo descumpra a lei e se recuse a repor a inflação dos salários. Depois, teve o episódio do aumento da alíquota do Previmpa. "Porto Alegre agora cobra o valor mais alto do país", conforme o vereador. Ainda na opinião de Carús, a greve foi a única alternativa encontrada pelos servidores. O vereador sugeriu ao prefeito a retirada de seus projetos no Legislativo que alteram a legislação do funcionalismo público. (FC) 

INCONFORMIDADE - Dr. Thiago Duarte (DEM) saudou os servidores presentes, e afirmou que a inconformidade com relação aos projetos é mais do que justa por destruir as carreiras do funcionalismo público. “A Casa não permitirá o uso político para destruir carreiras de quem entrou pela porta da frente”. Dr. Thiago apelou aos “vereadores legalistas a respeitarem os contratos de trabalho” e disparou: “Nem o monarca pode quebrar os contatos de trabalho”. (FC)

MAU-CARATISMO - Prof. Alex Fraga (PSOL) disse que o Executivo age com “mau-caratismo”, e criticou culpa lançada sobre liminar que impede o parcelamento de salários pelo calote aplicado pela Prefeitura nos serviços de limpeza urbana. O vereador considerou estéril encontro com o vice-prefeito Gustavo Paim, na quarta-feira (4/10). “Sentamos com ele, mas Paim fala como se fosse o Marchezan Júnior”. Alex Fraga pontuou que nas últimas 24 horas o prefeito mandou pagar diversas contas, entre as quais valor de R$ 118 mil destinado à Frente Nacional dos Prefeitos. “Depois disto jogam a culpa nos servidores. Ele mente e tenta jogar trabalhador contra trabalhador”. (FC)

APOIO - "Serviço público é uma matéria que conheço a fundo e isso vem de décadas". Assim afirmou Airto Ferronato (PSB) ao lembrar que, como servidor público desde 1975, já foi funcionário da União, do Estado e do Município. Relator da Comissão Especial que trata sobre o tema, o vereador defendeu um olhar mais atento do Legislativo para o que está sendo discutido em relação ao salário dos servidores. "Quando o projeto apresenta uma resistência enorme, no mínimo é preciso parar, retirar e discutir, para depois talvez encaminhar ou não". Ferronato disse ainda que há décadas os reajustes dados aos servidores são valores que somente atualizam o básico. "Chega a ser ridículo", desabafou. (MF) 

GOVERNO - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que a Câmara ficou pequena para o tamanho da luta dos municipários: "a casa não comportou os milhares de trabalhadores que se manifestam na tarde desta quinta-feira". A vereadora propôs que os líderes de todas as bancadas saíssem do plenário para conversar com os servidores que não conseguiram adentrar ao plenário. Em críticas ao governo municipal, Melchionna afirmou que o mesmo possui caráter privatista e recessivo. "Estamos vendo as pessoas sofrendo para pagar suas contas", lamentou. De acordo com ela, os servidores estão com salários parcelados enquanto o governo segue pagando uma série de despesas que não são prioridades. "É um desrespeito com o serviço público". (MF) 

Textos: Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
             
Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)