Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente

  • Vereador Alberto Kopittke na tribuna fala sobre sua atuação como secretário municipal de Canoas
    Vereador Alberto Kopittke (PT) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Na foto, vereador Mauro Pinheiro
    Vereador Mauro Pinheiro (Rede) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante os períodos destinados ao Grande Expediente e às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (5/12), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

CANOAS - Alberto Kopittke (PT) fez relato das ações empreendidas durante os seis meses em que esteve à frente da Secretaria Municipal de Segurança Pública de Canoas. Segundo ele, a gestão do prefeito Jairo Jorge, ao longo de oito anos, tomou medidas para a prevenção da violência, "superando visão antiga e inadequada que separa repressão e prevenção". Ele observou que o Município passou a ter papel central na política de segurança pública, utilizando experiência técnica e atuando em quatro eixos: integração, inteligência e tecnologia, ordem pública e prevenção. Entre as ações empreendidas, estão a criação do observatório municipal da segurança pública e de um espaço técnico que analisa diariamente a evolução da criminalidade em Canoas, entregando relatórios para os setores de segurança pública do Estado. Além disso, informou, foram criados o Centro Integrado de Segurança e o plantão integrado de fiscalização, bem como foi implantado o Território da Paz no bairro Guajuviras, o mais violento da cidade vizinha. "Ao longo de quatro anos, houve redução de 70% dos homicídios no Território da Paz. Também conseguimos diminuir a taxa de homicídios na cidade em cerca de 20% a 30% ao longo de oito anos." (CS)

CAPITAL - Sofia Cavedon (PT) criticou o prefeito José Fortunati por ter anunciado que o Município não poderá pagar o 13º salário dos funcionários. Sofia disse estranhar a medida, pois o Executivo, segundo ela, vinha anunciando superávits nos últimos anos. A vereadora também afirmou não entender por que o prefeito chegou a enviar, no final deste ano, projeto prevendo aumento do teto salarial dos municipários, bem como havia garantido descontos para o pagamento antecipado do IPTU, desistindo das duas medidas dias depois, em função da contrariedade do novo prefeito eleito, Nelson Marchezan Júnior. "A atual gestão criou diferenças salariais entre categorias dos municipários. O município enfrenta grave crise, e agora, na votação do Orçamento, temos de corrigir distorções." (CS)

CAPITAL II - Fernanda Melchionna (PSOL) criticou a decisão da gestão municipal de parcelar o 13º salário dos servidores. “Nós não aceitaremos que a lógica de parcelamentos do governo estadual seja transposta ao município de Porto Alegre. É inaceitável que os servidores possam ter o 13º parcelado”, disse. Para a vereadora, o Executivo não buscou reaver os milhões que foram desviados na corrupção, não demitiu CCs e não diminuiu a verba para a publicidade mesmo sabendo das condições financeiras da prefeitura. “Quem paga é o povo pobre, o povo trabalhador”, lamentou. De acordo com Fernanda, o atual governo ameaçou o ano inteiro e, no final, diz que não vai pagar o 13º. Já a nova gestão, que ainda nem tomou posse, disse que não vai antecipar o IPTU, “que é tão importante para o município por dar desconto aos cidadãos e dinheiro para a prefeitura poder pagar os salários, finalizou. (CM)

CAPITAL III – Clàudio Janta (SD) comentou o possível parcelamento do 13º salário dos servidores municipais, afirmando que a prefeitura não tomou nenhuma medida para enxugar os gastos. “Não vamos aceitar isso porque salário é coisa sagrada”, disse. Segundo Janta, o governo dizia que Porto Alegre tinha os melhores índices de desenvolvimento e vivia o seu apogeu, “mas esses números eram manipulados porque uma cidade que está bem não parcela o pagamento da inflação como o município tem feito nos últimos dois anos”. Na campanha à prefeitura da cidade, o candidato da situação “apresentava uma prefeitura maravilhosa” e depois assume que está devendo R$ 600 milhões. “O rombo deve ser muito maior”, encerrou. (CM)

VISITA -  João Carlos Nedel (PP) subiu à tribuna para dar boas-vindas ao padre Sérgio, pároco da Igreja São Jorge, e aos paroquianos que estavam na Casa acompanhando a discussão e a votação do projeto do Orçamento para 2017. Nedel aproveitou para parabenizá-los pela Festa de São Jorge, “que é o segundo maior evento religioso da Capital, estando atrás apenas da celebração de Nossa Senhora dos Navegantes”. Ele agradeceu a todos os envolvidos que se dedicam para que a festa aconteça. Em seguida, contou que está sendo criado um roteiro turístico religioso em Porto Alegre e que a Igreja São Jorge integra o percurso. (CM)

CUBA – Idenir Cecchim (PMDB) falou sobre a tragédia ocorrida com o voo da Chapecoense na última terça-feira (29/11), que deixou todos muito tristes e com os olhos voltados para Santa Catarina. “Poucos não choraram com o sentimento de dor presente no velório”, disse. Na sequência, afirmou que, enquanto o país inteiro chorava a perda dos brasileiros, os ex-presidentes Lula e Dilma estavam em Cuba, mostrando algumas imagens da visita no telão do Plenário Otávio Rocha. Cecchim falou que quis mostrar a diferença de quem carrega a bandeira verde e amarela e de quem carrega a bandeira de Cuba. “Eu carrego só a Bandeira Nacional”, encerrou. (CM)

REDE – Mauro Pinheiro (Rede) fez considerações a respeito de seu partido, que realizou um encontro nacional para avaliação do primeiro ano de existência. “Apresentamos um bom resultado: elegemos sete prefeitos, vários vice-prefeitos e 181 vereadores. Tínhamos uma expectativa muito grande e, no final, tivemos um bom desempenho eleitoral com pouco tempo de vida e pouca estrutura”, declarou. O vereador também falou sobre as manifestações que ocorreram ontem (4/12) em todo o país: “O posicionamento da Rede Sustentabilidade é de apoio às 10 medidas contra a corrupção, à Lava-Jato e ao afastamento de Renan Calheiros. Já foi até protocolado um pedido pelo nosso partido”, concluiu. (AZ)

CUBA II – Engenheiro Comassetto (PT) respondeu às críticas do vereador Idenir Cecchim (PMDB), que questionou a presença dos ex-presidentes Lula e Dilma no velório de Fidel Castro e não no das vítimas do acidente com a Chapecoense. “Temos que ter, sim, o maior respeito ao povo colombiano e ao catarinense, principalmente pelo silêncio que eles concederam ao presidente Temer. Mas goste ou não, Cuba entrou para a história”, declarou Comassetto. O vereador também criticou o governador Sartori: “É um reprodutor daqueles que querem destruir o Estado”. Comentou também sobre a ameaça de ausência do 13º dos servidores públicos e sobre o escândalo do DEP. (AZ)

IPTU - Reginaldo Pujol (DEM) alegou ter recebido vários contatos de pessoas que apoiaram o prefeito eleito Marchezan, que não era seu candidato, e que questionaram como será seu comportamento na próxima legislatura: “Eu não vou agir diferente”, respondeu. Pujol propôs uma indicação para que as regras de antecipação do IPTU sejam mantidas. “Querem transformar essa questão numa guerra política, fazer terceiro turno, ajuste de contas. Mas é tardio”, declarou o vereador. “Isso interrompe uma tradição de 28 anos em Porto Alegre”. (AZ)

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           C
leunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)