Polícia Civil é homenageada pelos 180 anos de atuação no Estado

Na tarde desta segunda-feira (29/11) a Câmara Municipal de Porto Alegre homenageou a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul pelo transcurso dos 180 anos da corporação. A deferência é de autoria da Mesa Diretora da Casa, através de requerimento da 2ª vice-presidente, vereadora Comandante Nádia (DEM), e aconteceu durante o Período de Comunicações. Na ocasião, foi ressaltada a atuação da instituição no combate à criminalidade e como garantidora da segurança pública no Estado.

Também foram destacadas as diversas áreas de atuação da Polícia Civil, como funções e atuação da Polícia judiciária, apuração de infrações penais, realização de exames periciais, adoção de medidas cautelares. Foi salientado que estas ações visam acolher e resguardar indícios ou provas da ocorrência de infrações penais, assegurar a execução judicial, assim como representação e cumprimento de mandado de prisão, diligências requisitadas pelo Poder Judiciário ou pelo Ministério Público, uso de tecnologia, elaboração de autos do inquérito policial e fornecimento de informações para a instrução processual, promovendo ou participando de medidas de proteção de direitos coletivos e individuais.

Comandante Nádia disse que “como integrante da Brigada Militar, entende que Polícia Civil é uma entidade co-irmã no trabalho de bem servir aos gaúchos e gaúchas”. Ressaltou que “a  Polícia Civil é uma instituição que está presente e atuante nos 497 municípios do estado”. A vereadora destacou ainda a gestão humanizada, uso de ferramentas de inteligência, prevenção da violência e descapitalização das organizações criminosas. Salientou também o trabalho preventivo, como Operação Verão e o Programa de Humanização. Disse que há 550 delegacias, um efetivo de 5.306 policiais civis, 485 delegados, 753 comissários, 1.952 escrivães, além de inspetores e agentes de polícia. “Quase 40% da corporação são mulheres, ombreando lado a lado com colegas homens e as atividades nunca param, mesmo colocando em risco a própria vida.”

A vereadora Mônica Leal (PP) disse que, “como jornalista, gostaria de anunciar que 78% dos crimes de homicídio e mais 90% de latrocínio foram elucidados pela polícia civil gaúcha, porque esses são os números de países do primeiro mundo”. Disse também que o então secretário de Segurança, Pedro Américo Leal, foi o responsável pela entrada das mulheres na Polícia Civil. Falou que a categoria exerce atividade de risco, “por ofício e utilidade pública e este trabalho deve ser valorizado por todos nós.”.

O vereador Leonel Radde (PT) lembrou que é policial e que “está vereador". Destacou ainda que indicou o repasse de recursos de R$ 180 mil para a corporação através de emenda impositiva, “para composição de terapias de atendimento remoto no campo psicológico”. E que foi autor da homenagem ao Urgeirm Sindicato, com a entrega da Comenda Porto do Sol pela Casa, pela importância que representa o sindicado para os policiais civis. Saudou os colegas com quem trabalhou e ratificou que “a polícia lida com o que há de pior e que a sociedade quer ver distante”. E finalizou dizendo que é contra as reformas que tiram direitos dos servidores.

O vereador Moisés Barboza (PSDB) ressaltou o trabalho da Chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, que, segundo ele, “quebrou o paradigma da corporação que, tradicionalmente, era dirigida por homens”. E saudou também a escolha do governador Eduardo Leite, que indicou o vice-governador, delegado Ranolfo Viera Júnior, para a Secretaria de Segurança do Estado. Barboza parabenizou os policiais que, no seu entendimento, têm o desafio diário de zelar pela segurança pública.

O vereador Felipe Camozzato (Novo) comentou que sentiu-se contemplado pela fala de todos os colegas vereadores e, na condição de cidadão, fez um agradecimento por todo o trabalho que a Polícia Civil realiza em todo o Estado. "Fico muito feliz de ter participado do Instituto Cultural Floresta, das doações que foram feitas, e vivenciado o processo de atendimento ao cidadão quando precisei. Espero que a Câmara Municipal aja da mesma forma e com a mesma grandeza e respeito que a Polícia Civil age nesses 180 anos".
 
Nadine Anflor citou todos os colegas dos diferentes departamentos e agradeceu pela homenagem. "É um orgulho como mulher e como policial estar aqui como Chefe de Polícia e poder dizer que temos equidade dentro da instituição, somos homens e mulheres comprometidos com o proteger todos os dias". Afirmou que comanda a melhor Polícia Civil do Brasil, tendo em vista os indicadores de criminalidade e os índices de elucidação em todos os crimes. "São homens e mulheres que estão pensando na Polícia Civil do futuro. Uma polícia preto e branco porque trabalha dia e noite, que é feita por muitas mãos", elogiando também os aposentados que fizeram o seu trabalho para que a instituição esteja onde está hoje. Finalizou pedindo que todos ficassem em pé e o "aplauso é para eles nesta tarde".

Também estiveram presentes o secretário municipal de Segurança, Mario Ikeda, diretores e agentes da Polícia Civil.