Presidência

Presidente se manifesta contra proposta que retira cobradores dos ônibus

Movimentação de plenario.
Vereadora Mônica Leal e o diretor Legislativo Luiz Afonso Perez, na sessão desta tarde (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Mônica Leal (PP), utilizou tempo de presidência na sessão ordinária da tarde desta segunda-feira (9/12) para falar acerca de projeto do Executivo que retira a obrigatoriedade de cobradores nos ônibus de Porto Alegre em determinados horários. “Desde que o projeto me chegou às mãos, me debrucei, estudei, li. Talvez pela minha origem, de comunicadora, eu tenha muita necessidade de falar com as pessoas, de conversar com os cobradores, com os motoristas, com os usuários de transporte público, e todas as pessoas foram muito firmes em me dizer da importância da figura do cobrador dentro do veículo transporte público”, relatou. 

A vereadora disse ainda que o cobrador, seja homem ou mulher – faz mil e uma funções, não só faz a cobrança. “Ajuda pessoas com deficiência, cadeirantes, pessoas com deficiência visual, e é capaz, inclusive, de impedir um ato de assédio sexual, um assalto. O motorista que está ali tem que ficar focado no trânsito, olhando para frente, para os lados, a lei de trânsito é rígida”, afirmou. Mônica ressaltou que o projeto, em regime de urgência, quer colocar 3.600 cobradores na rua. “Não se trata da vida das pessoas com urgência. As pessoas não são objetos, elas têm saúde, elas têm contas. Aí eu ouvi alguém falar: A prefeitura está capacitando os cobradores. Mas capacitar não é empregar. Alguém aí sabe se essas pessoas estarão garantidas nas suas profissões? Aí depois eu ouvi: As empresas de ônibus estão preocupadas em não passar o aumento da passagem para a população”, ponderou.

Outra questão com a qual a vereadora se disse preocupa é sobre o horário em que os cobradores ddeixariam de atuar: das 22h até as 4h. “Ora, quem fez este projeto nunca andou de ônibus. Não é possível que as pessoas não entendam que, em determinados bairros, é justamente o horário mais perigoso. E, aí, eu escuto que a demanda é menor; demanda menor, porém, de alto risco. Uma vida que se perca é uma família, que nessa família tem crianças, tem a esposa, tem o marido”, salientou. Mônica Leal concluiu afirmando que a proposta não a convenceu e que como é pessoa movida por convicções, é contra o projeto e vai trabalhar por ele até o fim.

 

Texto

Lisie Bastos Venegas (reg. prof. 13.688)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)