Projeto amplia vida útil da frota de táxis para 12 anos
Legislação atual permite que taxistas utilizem veículos com até oito anos
Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que amplia para 12 anos a vida útil dos veículos utilizados para o serviço de táxi na Capital. O PLL nº 145/21, de autoria do vereador José Freitas (Republicanos), altera o caput do art. 31 da Lei n.º 11.582, de 21 de fevereiro de 2014, que institui o Serviço Público de Transporte Individual por Táxi no Município, ampliando a idade dos veículos utilizados para esse serviço.
Para o parlamentar, “a tão vilipendiada categoria dos taxistas, que outrora sofrera com a chegada dos veículos parceiros dos aplicativos”, agora enfrenta uma realidade ainda mais impactante: a pandemia do novo coronavírus. Conforme ele, estudos apontam que o número de corridas diárias dos taxistas caiu até 90% comparado com o mesmo período anterior à pandemia. Ele acrescenta que, com as restrições no tocante ao número de passageiros do transporte coletivo e a necessidade da maioria dos trabalhadores em seguir trabalhando de forma presencial, os usuários buscam alternativas para reduzir o custo com transporte.
“Neste imbróglio vive o taxista empreendedor gerador de receita da nossa Capital. A Lei nº 11.582, de 21 de fevereiro de 2014, veda a circulação de veículos com mais de oito anos por nossas ruas, ou seja, em pleno período de recessão econômica, muitos se veem com a necessidade de contrair dívidas impagáveis, ou o que é pior, se veem com a necessidade de trabalhar por maiores períodos diários para honrar seus compromissos financeiros, contraídos em face do caráter obsoleto da Lei vigente”, afirma Freitas.
Conforme o vereador, cidades como Rio de Janeiro e Recife já adotaram iniciativas semelhantes, ampliando a vida útil da frota em atividade, tendo em vista que a categoria não tem condições financeiras de comprar novos veículos durante a crise. Para ele, “a adequação aos dias atuais (vide que a Lei que regula o serviço é ainda anterior ao advento dos serviços de mobilidade por aplicativo) é urgente frente à gravidade da realidade”.