Sala da Câmara terá o nome de Pedro Américo Leal
Tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre o projeto de lei que denomina Pedro Américo Leal a sala 311 do Legislativo municipal localizada no terceiro andar do Palácio Aloísio Filho. A sala é atualmente ocupada pela bancada do Partido Progressista (PP) e o PL foi proposto pela Mesa Diretora para homenagear um “homem de costumes simples e gestos solidários, dotado de grande força moral e que atendia indistintamente a todos que o procuravam”.
Pedro Américo Leal nasceu em Vila Isabel, Rio de Janeiro, mas adotou o Rio Grande do Sul como seu estado, mudando-se para Porto Alegre em 1944. Iniciou sua carreira no Exército gaúcho, servindo no 19º Batalhão de Caçadores, atual 19º Batalhão de Infantaria, em São Leopoldo, e na sequência integrou o Comando da 1ª Companhia de Guardas, o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva e a Academia de Polícia, até ser designado para o cargo de Chefe de Polícia do Estado, no governo do coronel Walter Peracchi Barcelos. Mais tarde, em 1969, foi para a reserva do Exército e lecionou psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
“Sua passagem pela Chefia de Polícia foi marcada por iniciativas marcantes e de grande alcance”, como a criação do Grupamento de Operações Especiais (GOE), das Circunscrições Regionais do Trânsito (Ciretrans), da União Gaúcha dos Policiais Civis (Ugapoci) e a implantação dos plantões policiais no Hospital de Pronto Socorro e o Plantão Centralizado de Ocorrências.
Em 1970 começou sua carreira política e foi eleito deputado estadual, cargo que ocupou por 16 anos. Ainda foi vereador de Porto Alegre por três mandatos, quando trabalhou pela criação da subestação do Corpo de Bombeiros na Prefeitura Municipal e pela instalação da 1ª Companhia do 9º Batalhão de Polícia Militar na Praça XV de Novembro. “Sua maior preocupação, tanto no parlamento estadual como municipal, foi sempre a segurança pública”.
Conforme os vereadores da Mesa Diretora, Leal sempre “acompanhou fielmente todas as mudanças de sigla de seu partido”: da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) ao atual Partido Progressista (PP). Para ele, “a palavra valia mais do que um documento e a lealdade era o traço mais marcante do seu caráter. Dever e honra lhe eram inegociáveis”.
Pedro Américo Leal morreu em 22 de agosto de 2016 em Porto Alegre, aos 92 anos, vítima de parada cardíaca.
Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)