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Vereadores visitam escolas atingidas por alagamentos na região das ilhas

Professor Wambert (PROS) e Roberto Robaina (PSOL) também verificaram andamento de obra de pavimentação na Ilha da Pintada

  • Visita ao bairro Arquipélago. Na foto, os vereadores, Professor Wambert e Roberto Robaina.
    Wambert (à esq) e Robaina, em visita à escola Maria José Mabilde (Foto: Candace Bauer/CMPA)
  • Visita ao bairro Arquipélago.
    Pescador Valdir da Silva cobra soluções sobre obra de calçamento (Foto: Candace Bauer/CMPA)

Na manhã desta terça-feira (13/6), os vereadores Professor Wambert (PROS) e Roberto Robaina (PSOL), membros da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre, visitaram três escolas do Bairro Arquipélago, na região das ilhas da Capital. Os parlamentares ouviram a comunidade sobre os prejuízos causados pela cheia do Guaíba, resultado do alto volume pluviométrico que atingiu o Rio Grande do Sul nos últimos dias.

A primeira instituição a ser visitada foi a Escola Estadual Almirante Barroso, na Ilha da Pintada, que teve o pátio alagado e não atendeu seus cerca de 700 alunos nesta segunda-feira. De acordo com a diretora Clara Reis, é o terceiro ano seguido que a escola enfrenta problemas com inundações. “A gente já se prepara antecipadamente. Temos até uma barreira de contenção em nossa cozinha”, conta a professora.

Em seguida, os parlamentares foram até a Escola Estadual Maria José Mabilde. No local, o rio está rente à porta da quadra poliesportiva. Lá, as aulas foram paralisadas na última sexta-feira, devido ao alagamento na própria quadra e na rua da instituição. Segundo o diretor Edgar de Quadros, ainda pode haver novas paralisações. “Já alertamos os pais que, com a previsão de vento sul, o nível da água pode subir novamente e impedir a realização das aulas”, afirma.

Última a ser visitada, a Escola Estadual Alvarenga Peixoto fica na Ilha Grande dos Marinheiros. Conforme a diretora Doris Alves, a escola já é tradicionalmente utilizada como abrigo às famílias vítimas de enchentes. “Isso já é histórico. No momento, abrimos onze salas, onde ficam duas ou três famílias cada”, relata. Ela também conta que existe um projeto de construção de uma nova instituição de ensino na ilha, mas que ele ainda não saiu do papel. “Já há uma verba do Banco Mundial específica para isso, mas o projeto está parado na secretaria de Educação do estado”, lamenta Doris.

Obra inacabada

O alto volume de água também causou alagamento no local onde ocorrem as obras de pavimentação e infraestrutura do calçadão Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ilha da Pintada, conduzidas pela secretaria municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim). Os trabalhos, atualmente paralisados, têm previsão de término para o final de julho. Para o pescador Valdir da Silva, que reside na comunidade, além da conclusão do calçamento, é necessário elevar o nível da via. “Precisa aumentar cerca de dois metros, para que ônibus e ambulâncias tenham condições de trafegar em épocas de chuva”, aponta Valdir.

Parlamentares

Após final da visita, Professor Wambert afirmou que as demandas obtidas na visita serão levadas ao Executivo municipal. “É necessária a presença do poder público, principalmente na Ilha dos Marinheiros, onde a escola é praticamente um centro comunitário”, reconheceu. Wambert disse ainda que a comissão tentará obter informações sobre a construção a nova escola no local. “Vamos buscar interceder junto ao governo estadual para verificar o andamento do projeto”, declarou.

Robaina disse que irá contatar a Smim para cobrar a conclusão da obra do calçamento na Ilha da Pintada e que o poder municipal tem responsabilidade de prestar assistência social nos locais atingidos. “O governo deve auxiliar essas escolas, que são pontos de referência e organização das comunidades”, ressaltou.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)