Plenário

Farmacêuticos alertam para perigo do uso indevido de remédios

Secretário do CRF/RS alertou para riscos da automedicação Foto: Leonardo Contursi
Secretário do CRF/RS alertou para riscos da automedicação Foto: Leonardo Contursi (Foto: Leonardo Contursi)
O Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF/RS) ocupou, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta quinta-feira (7/5), o espaço destinado à Tribuna Popular. Na oportunidade, foi discutida a importância do uso racional de medicamentos.

O secretário geral do CRF/RS, Maurício Schüler Nin, falou sobre a importância do uso racional de medicamentos. Segundo ele, trata-se de problema grave, que afeta diretamente a população. “Essa maneira incorreta de ingerir medicamentos pode causar diversos danos à saúde, entre elas, a vítima vir a óbito.” Conforme citou, o país encontra-se atualmente em segundo no ranking referente a compras de medicamentos. “São mais de 30 mil medicamentos vendidos no Brasil. Cerca de 60% deles necessitam de prescrições. Mas 50% destes medicamentos são comprados de forma incorreta.”

O secretário citou os descuidos frequentes com os medicamentos e destacou: “Aumentar as doses de remédios prescritos com o objetivo de potencializar o efeito é um dos fatores mais agressivos para a saúde do ser humano, assim como carregar medicamentos consigo em bolsas e mochilas e não visualizar a data de validade no momento de ingerir o remédio."

Além de causar problemas à saúde, o descarte destes medicamentos em ambientes impróprios causa danos ao meio ambiente. Segundo Nin, a forma de reduzir e reverter esta situação é um trabalho conjunto entre a população e os vereadores da Capital. "Deve ser elaborado um plano nacional para o combate contra medicamentos depositados em lugares inapropriados, bem como aumentar o número de vigilantes de saúde em pontos estratégicos. E ainda garantir mais medicamentos em postos de saúde de Porto Alegre."

O secretário ressaltou ainda que em uma pesquisa realizada pelo CRF/RS foram visitadas 138 farmácias da Capital e somente 18 profissionais farmacêuticos atuavam nestes locais. Ele também solicitou aos vereadores da Casa que fosse proposto um aumento no número de farmacêuticos atuando no serviço público.

Ao finalizar, o secretário destacou a importância destes profissionais na sociedade e ressaltou: “O farmacêutico é profissional da saúde mais acessível para a população. A presença dele é obrigatória em qualquer farmácia. Sempre que for preciso, utilizem o trabalho deste profissional.”

Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)