Sessão Ordinária / Lideranças
Os vereadores de Porto Alegre debateram sobre os seguintes temas, durante período de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (6/08):
SAÚDE - Nelcir Tessaro (PSD) criticou a política de saúde da prefeitura e a gestão da Secretaria Municipal de Saúde. Ao fazer referência a uma criança que aguarda vaga para uma cirurgia há quase dois anos no Município, correndo risco de vida, criticou o secretário por só querer solucionar a questão depois que as eleições terminarem. "É um absurdo ver tanta morosidade e incompetência". Tessaro cobrou ainda uma posição da SMS sobre o fato de ter substituído a cooperativa de médicos que trabalhava junto ao HPV por outra que cobra 80% a mais do valor da antiga. "Já solicitei esclarecimentos da prefeitura e estou aguardando uma explicação do secretário", finalizou. (ES)
CONQUISTA - Paulinho Rubem Berta (PPS) comentou que está muito contente por ter recebido uma boa notícia para resolver os problemas de saúde no Bairro Rubem Berta, zona norte da capital. Conforme informou o vereador, até setembro o Conjunto Habitacional Rubem Berta verá o início das obras da terceira unidade de saúde, com o objetivo de atender mais de 12 mil pessoas na região. "Estamos muito felizes e realizados por saber que uma demanda antiga da comunidade está sendo atendida. A Unidade de Saúde que hoje existe não consegue suprir a necessidade de uma população de mais de 40 mil pessoas. Agora a comunidade verá bons resultados." (ES)
SAÚDE Está na hora do Estado também se mexer um pouco pela saúde. Ao fazer a afirmação, Idenir Cecchim (PMDB) questionou a razão da existência de uma Secretaria Estadual de Saúde: O que faz? Não cuida nem da vacinação, nem dos hospitais. O vereador lamentou, novamente, o atraso na finalização de obras da Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte. Está muito demorada e, enquanto isso, os pacientes lotam os hospitais Conceição e Cristo Redentor. Também criticou o Estado pela falta de atenção na segurança pública. Os bandidos estão se queixando de não ter mais polícia que os enfrente. (HP)
REGULARIZAÇÃO Engenheiro Comassetto (PT) afirmou que a falta de um projeto de regularização fundiária não tem ligação com notícias recentes de invasão de terrenos. "Não podemos confundir um ato pontual com a necessidade de políticas públicas que resolvam problemas da cidade. Comassetto citou relatórios do vereador João Dib (PP), então prefeito da cidade, feitos em 1984/1985, quando a Capital tinha 47 vilas e 129 mil pessoas em condição de subabitação. Hoje, depois de 27 anos, são 750 vilas e 450 mil pessoas. Comassetto lembrou que existem recursos para a construção de até 10 mil casas/ano pelo Minha Casa Minha Vida. Temos que fazer um debate de gestão, afirmou. (HP)
CASAS - João Dib (PP) recordou que, quando foi prefeito, não havia o Ministério das Cidades nem o Estatuto das Cidades. Mesmo assim desapropriei dezenas de áreas, algumas de grande porte para a construção de casas populares. Dib afirmou ainda que todos os valores empregados nessas casa foram pagos ainda em sua gestão como prefeito. Mais não foi possível fazer devido à inflação, que na época atingiu três dígitos. Conforme o vereador, em 16 anos de governo o PT poderia ter feito mais do que ele em seu período como prefeito. Discursos não resolvem problemas, completou. (HP)
CRÍTICAS - Adeli Sell (PT) ressaltou a necessidade de ampliar o debate sobre o projeto do Executivo que institui Regiões de Potencial tecnológico (Repot) em Porto Alegre. Além disso, o parlamentar para pedir providências de diferentes secretarias municipais, com ações propícias para evitar a abertura de estabelecimentos comerciais irregulares e que importunam ou causam insegurança aos cidadãos, citando como exemplo o Pampa Burger e o Proa. Adeli também criticou a falta de adequação dos contêineres de lixo, "distribuídos na cidade", e sugeriu a implantação de contêineres que permitam a separação de lixo, "conforme foi implantado pela Prefeitura de Caxias do Sul". (AS)
DEFESA - Valter Nagelstein (PMDB) concordou com Adeli Sell (PT) quanto à cobrança de regras para que haja civilidade na relação entre sociedade e casas comerciais, ao se referir à discussão sobre o horário noturno do comércio na Cidade Baixa. Nagelstein salientou que a manifestação de Adeli vai ao encontro dos critérios estabelecidos pela Smic para a permissão de uso. O vereador falou ainda sobre a necessidade de ampliar a discussão sobre possível aumento do número de bairros e locais a serem demarcados como Regiões de Potencial tecnológico (Repot) em Porto Alegre e defendeu a aprovação do projeto sobre o tema "como forma de incentivar a entrada de empresas de tecnologias na Cidade". (AS)
Texto: Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Angélica Sperinde (reg.prof.7862)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)