Plenário

Lideranças

Em sessão ordinária realizada na tarde desta quarta-feira (8/9), os vereadores da Capital se manifestaram no tempo de Lideranças partidárias sobre os seguintes temas:  

QUORUM I – Carlos Comassetto (PT) disse que a oposição na Câmara possui dez cadeiras (sete do PT, duas do PSOL e uma do PSB), e que a bancada usou o Regimento Interno para dizer que a base do governo é quem tem a responsabilidade na votação aos vetos do PDDUA. “Quem tem 26 vereadores pode aprovar ou rejeitar qualquer projeto nesta Casa”, avaliou. Segundo ele, a falta de quórum para prosseguir a sessão “é uma falta de qualidade da bancada de situação”. (LO)
 
QUORUM II – Nilo Santos (PTB) colocou que já houve situações com a retirada de quorum na Casa. Ressaltou que o vereador Ferronato não gostaria de ver a pauta trancada de um projeto dele em votação. “Este processo dito democrático faz com que vereadores estejam presentes e ao mesmo tempo ausentes no plenário. Não podemos tratar as questões da cidade como problemas da situação ou da oposição”, defendeu. Segundo Nilo, a democracia consegue causar confusão na cabeça das pessoas, e ressaltou que a discussão é até a manobra regimental é moral ou imoral. (LO)
 
QUORUM III – Para Sofia Cavedon (PT) as manobras regimentais não são para ofender ninguém, e sim para “travar as questões políticas na Casa”. Sofia argumentou que a cidade tem que refletir mais sobre o que está fazendo. “Existem argumentos incorretos para reverter votos de vereadores que aprovaram a emenda do vereador Ferronato”, colocou. A vereadora também defendeu que a manobra regimental não é “uma atitude covarde, mas de muita coragem”. Para ela, a população não quer mais a exploração da Orla do Guaíba e a especulação imobiliária no local. (LO)
 
QUORUM IV – João Dib (PP) disse que na democracia o menor respeita o maior e o maior respeita o menor. “Nós temos um passado nesta Casa, que em 16 anos no governo petista também tínhamos 25 vereadores no plenário, mas nunca deixamos de votar os projetos de interesse da cidade. Se o prefeito vetou havia razões”, defendeu ele. Para Dib, o fato dos vereadores estarem presentes e não votarem está no Regimento Interno, mas este dispositivo diz que “quem tira o quorum está ausente, e portanto não deve receber seu salário”. (LO)

ABONO - Dr. Thiago Duarte (PDT) lastimou que a votação dos vetos do Executivo ao Plano Diretor tenha sido interrompida pela retirada de quorum. Segundo o vereador, esse tipo de “manobra” teria sido utilizada também para dificultar a votação do abono aos médicos. “Existem vereadores que vêm aqui nesta tribuna e não dizem o que realmente pensam. Não dizem que são contra o abono. Não dizem que são até contra a atividade médica”, disse o vereador. (CK)

ABONO II - Idenir Cecchim (PMDB) disse que os próprios servidores da saúde foram contra a abertura de uma sessão extraordinária para a votação do abono aos médicos. Segundo Cecchim, a vereadora Sofia Cavedon (PT) teria dito fora dos microfones que não votaria a favor do abono. “É falta de respeito com os médicos”, disse. “Vocês são irresponsáveis, estão deixando as pessoas morrendo nos hospitais”, concluiu. (CK)

SAÚDE - Pedro Ruas (PSOL) falou sobre os problemas na Saúde, como o caso Sollus e o assassinato do então secretário Eliseu Santos. “Falar em saúde? E a CPI da Saúde em Porto Alegre que não saiu? E o rombo do Instituto Sollus? E o dinheiro, quase dez milhões de reais, que não voltou?”, indagou o vereador. “A Câmara Municipal está proibida de mexer nesse assunto”, lamentou. (CK)

SAÚDE II - Mário Manfro (PSDB) declarou ser favorável ao abono para os médicos. “Acho que é paliativo, não resolve a questão, mas sou favorável”, disse. O vereador ressaltou que outras categorias, como enfermeiros, estão pleiteando receber também esse abono, e reivindicou o mesmo tratamento aos cirurgiões-dentistas. "Não entendo essa discriminação, acho que os trabalhadores da saúde tinham que ser mais valorizados”, concluiu. (CK)

QUORUM V - Reginaldo Pujol (DEM) lamentou a falta de quorum pra votar veto do Plano Diretor hoje em plenário. "No entanto, continuaremos discutindo todas as questões que envolvem o tema democraticamente", reiterou. A respeito do projeto sobre abono salarial aos médicos do município, Pujol pediu auxílio dos vereadores médicos para que o ajudem a instrumentalizar uma posição. "Preciso entender e ter mais argumentos pra discutir a proposta antes de manifestar um posicionamento", frisou. (ES)

CRÍTICAS - João Dib (PP) esclareceu alguns apontamentos feitos por vereadores de oposição na Câmara. Segundo ele, sobre o caso Sollus, a prefeitura, na época, havia trazido à casa informações para que o Instituto Sollus restituísse o dinheiro desviado. "Eu preciso lembrar certas coisas porque fico cansado de ouvir, por exemplo, que a governadora Yeda não paga o teto salarial dos profissionais da saúde em Porto Alegre", criticou ao dizer que quem prejudicou a saúde da cidade foi o Governo Lula por ter retirado R$335 milhões do orçamento destinado para a capital durante o seu mandato. (ES)

PLANO DIRETOR - Toni Proença (PPS) disse ser a favor da emenda do vereador Airto Ferronato (PSB) sobre o Plano Diretor porque reconhece que a orla do Guaíba precisa ser sim preservada. "A proteção tem que ser feita por nós. Mesmo com essa emenda, as construções lá existentes não serão prejudicadas", argumentou ao defender que a sustentabilidade da cidade esteja mais presente no trabalho do Executivo e do Legislativo. Sobre o abono dos médicos, foi taxativo em dizer que a Câmara está pronta para fazer o debate sobre ajustes salariais. (ES)

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)