Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

No período de Lideranças da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, realizada na tarde desta segunda-feira (5/2), os vereadores abordaram os seguintes temas:

TRANSPORTE - João Derly (PCdoB) leu uma nota do partido sobre a greve dos ônibus. O vereador terminou dizendo que é preciso resgatar a Carris como transporte de qualidade. Derly também criticou a Prefeitura Municipal sobre as obras dos BRTs, que estão atrasadas na cidade. (GS)

CARRIS - Jussara Cony (PCdoB) destacou a situação da greve dos ônibus na Capital. Cony disse que é necessário dar uma solução para a crise do transporte público. A vereadora informou que na noite de hoje haverá uma reunião na sede do partido. Cony disse que o PCdoB tem compromisso com a cidade. A vereadora destacou ainda que a Carris sempre foi referência no transporte público. A jornada de trabalho é inadmissível. Jussara cobrou do prefeito Fortunati a elaboração de Plano de Mobilidade Urbana. (GS)

ÔNIBUS - Bernardino Vendruscolo (PROS) leu uma nota do vereador Clàudio Janta (SDD) sobre a greve do transporte público em Porto Alegre. De acordo com Vendruscolo, Janta está em licença médica. “Estão inventando que ele está viajando”, salientou. Enquanto sindicalista, Janta defende que os trabalhadores tenham um regime de trabalho decente, com reajuste salarial. Vendruscolo disse que os ônibus de Porto Alegre não são tão ruins e falou que é preciso diálogo. A Brigada Militar precisa garantir a segurança dos usuários de ônibus. (GS)

BEBIDAS - Alceu Brasinha (PTB) falou do seu projeto de lei sobre a venda de bebida nos estádios. Além de autorizar a comercialização das bebidas alcoólicas no interior dos estádios, a lei, se aprovada, apresenta uma série de regras para que as vendas sejam realizadas. (GS)

PARCERIA - Tarciso Flecha Negra (PSD) parabenizou os vereadores Professor Garcia (PMDB) e Alceu Brasinha (PTB) por seus projetos relacionados ao esporte. O vereador elogiou a proposta das academias ao ar livre, feita pelo presidente da Casa, e se colocou como parceiro do vereador do PTB no projeto para controle municipal da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da capital. “Na Copa do Mundo pode a bebida alcoólica, nós não podemos porque nós não sabemos, nós não somos povos educados. Isso é uma vergonha, não só pra nós, mas pra quem está abrindo isso”, declarou Tarciso. (JM)

GREVE - Kevin Krieger (PP) defendeu a postura do prefeito José Fortunati em relação à greve dos rodoviários. Krieger apontou a paralisação como um problema dos empresários e dos trabalhadores, em que Fortunati está “tentando resolver dentro das suas possibilidades”. O vereador ainda apresentou dados da média de aumento anual tarifário. “De 1998 a 2004, o governo da frente popular teve um aumento médio tarifário de 22,5%, enquanto no nosso governo foi de 12,7%”, argumentou Krieger. (JM)

GREVE II - Paulinho Motorista (PSB) demonstrou novamente apoio à greve dos rodoviários. “Volto a dizer que a minha categoria está pedindo um aumento justo e digno. Quem tem que ceder nesse momento são os empresários.” Paulinho Motorista ainda lembrou das “cargas horárias absurdas” e dos curtos intervalos, que não podem ser aproveitados pelos trabalhadores para interesses pessoais. “Eu acho que os empresários deveriam pensar mais na população e na classe rodoviária, com certeza eles têm condições de dar esse aumento”. O vereador terminou seu discurso lembrando de seu projeto de lei para que as novas frotas de ônibus tenham ar condicionado. (JM)

GREVE III - Delegado Cleiton (PDT) disse hoje ter participado da última assembleia dos rodoviários, para “conhecer seus anseios e ver o clima em que estava a categoria”. Ele lembrou que a reivindicação pela jornada de seis horas é antiga, mas que a Câmara tem o dever “de lutar pelos demais trabalhadores que estão pagando R$ 4,00 sem condições necessárias para o transporte”. O vereador ainda ressaltou a necessidade de ser aprovado o projeto de lei federal que cria o Regime Especial de Incentivo ao Transporte Coletivo (Reitup), para “que seja retirado um montante do lucro dos empresários”, finalizou. (JM)

PROPOSTAS - Engenheiro Comassetto (PT) disse que a sua bancada ofereceu projeto de lei que propõe mudanças no sistema do transporte coletivo da capital. Disse que está em condições de ser priorizada pela Casa na reunião de lideranças marcada para quinta-feira (6/2). O petista ainda citou que trechos do parecer e do relatório do Tribunal de Contas, respectivamente, item 7 e item 3.10, colocam de forma clara os poderes que a Câmara Municipal tem para interceder e debater o tema. Comassetto afirmou que a bancada apresentou emenda sobre as 36 horas de trabalho e apelou aos vereadores que aprovem o requerimento indicativo, proposto por várias bancadas, ao prefeito para que decrete o passe livre. (MG)

INTRANSIGÊNCIA – De acordo com Fernanda Melchiona (PSOL), o partido assinou o requerimento de indicação à concessão do passe livre. Destacou o direito da categoria dos rodoviários à luta por seus direitos. Melchionna acusou os empresários de intransigentes e o Executivo de omisso diante de um sistema que considerou um cartel e oligopólio. Lembrou que a abertura das planilhas pelo Tribunal de Contas demonstrou que teve ano em que o aumento da tarifa foi de 9% e o dos salários apenas 3%, o que coloca em xeque o argumento das empresas de que o salário é ativador de gatilho de elevação das passagens. Também citou a pauta da redução da carga horária de trabalho e criticou a ausência de resposta da ATP para o pedido de audiência feito pelo presidente da Casa. (MG)

ANARQUIA – Para Mônica Leal (PP), o quadro que está desenhado na cidade é de completa anarquia. Disse ter ficado satisfeita com a posição do TCE de antecipar a decisão sobre o relatório do Ministério Público de Contas. Ressaltou que a greve é legítima até que seja considerada ilegal. A vereadora progressista lembrou que os veículos de comunicação denunciam o viés político do movimento, com a participação de lideranças partidárias instigando os rodoviários. Mônica Leal se disse surpresa com a posição do governador de negar segurança a quem deseja trabalhar e à população da capital. (MG)

INTERVENÇÃO – Idenir Cecchim (PMDB) cobrou do vereador Comassetto que o PT responda pelo ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizolatto, preso na Itália. Disse que antes de fazer proposta de antecipação de dinheiro deveria propor a devolução do dinheiro que roubou do povo brasileiro. Disse que a bancada do PT costuma embarcar em ônibus alheio, como fizeram com o Bloco de Lutas e agora do vereador Pedro Ruas (PSOL). Lembrou a intervenção desastrosa feita no transporte coletivo da capital em 11 de fevereiro de 1989, que obrigou ao prefeito Raul Pont assinar a criação do plus tarifário, para a renovação da frota, paga com dinheiro dos cidadãos. O acordo foi de R$ 20 milhões e hoje corrigido está em R$ 50 milhões. Esse dinheiro tinha que ser devolvido pelo PT e não pelo povo da capital. (MG)

Texto: Guga Stefanello (reg.prof. 12.315)
          Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
          Milton Gerson (reg.prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)