Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Bernardino Vendruscolo (PSD) Foto: Elson Sempé Pedroso
Bernardino Vendruscolo (PSD) Foto: Elson Sempé Pedroso
No período destinado às Lideranças da sessão plenária de hoje (2/5), os vereadores trataram dos seguintes temas:

CPI - Bernardino Vendruscolo (PSD) garantiu que ele e seu colega de bancada, Tarciso Flecha Negra, não vão retirar as assinaturas para a criação da CPI que pretende investigar o escândalo das licenças ambientais apurado pela Polícia Federal no Estado. "Se há um companheiro de partido envolvido, mais do que ninguém temos de colaborar nas investigações." Bernardino disse também que, se pudesse, não seria filiado a partido algum. "Pagamos um preço muito caro por isso. Somos muito questionados por ações de companheiros de partido." (MAM)

CONCUTARE - Jussara Cony (PCdoB) leu na tribuna notas oficiais do partido e dela em relação à operação Concutare, da Polícia Federal, que investiga irregularidades em licenças ambientais no Estado. Na nota oficial pessoal, Cony lembrou que há mais de 30 anos participa de eleições e que todas as 11 campanhas eleitorais das quais participou foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Não recebi doação de nenhuma pessoa envolvida neste episódio. Continuarei defendendo a moralidade pública, pois sou uma mulher com história de luta." Cony acrescentou que apoia toda investigação, mas não aceitará ilações. (MAM)

HOMOFOBIA – Fernanda Melchionna (PSOL) lamentou novo caso de homofobia ocorrido no bairro Cidade Baixa, no sábado (27/4), que resultou em jovens agredidos. Conforme a vereadora, os responsáveis pela agressão são integrantes de grupo neonazista que prega ódio, discriminação e violência. “E este não foi o primeiro caso registrado, outros já ocorreram”, salientou. Fernanda, que é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal, disse que este tema será tratado em reunião no dia 14 de maio. “Mas também temos de tratar deste assunto com campanhas de respeito à diversidade e de combate à violência”. (HP)

PROVIDÊNCIAS - Mário Fraga (PDT) disse ter conversado com o secretário municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher, tendo gestionado obra de recapeamento asfáltico na Avenida Juca Batista: “Para corrigir as emendas e remendos que fora feitos lá”, explicou. O vereador também disse ter encaminhado na Secretaria Municipal de Educação pedido de construção de um auditório na Escola Gabriel Obino, na Glória, de modo a atender as disciplinas de artes e música. “Os alunos tem estas aulas no ginásio de esportes, mas não é um local próprio para isso.” Mário disse ainda que também conversou com a EPTC sobre providências para a Capitão Pedroso, via da Restinga onde os moradores estão pedindo um redutor de velocidade. (HP)

SEGREDO - Reginaldo Pujol (DEM) questionou o segredo de Justiça do processo da Polícia Federal (PF), já que os nomes e os rostos dos investigados no escândalo das licenças ambientais foram divulgados nas primeiras páginas dos jornais. “Se há segredo, qual é?”, indagou. “Defendo que as pessoas que fraudam sejam justiçadas, mas devemos saber que todos são inocentes até prova em contrário e que a todos seja assegurado o direito de defesa”, disse. Pujol lembrou o erro de incluírem o nome do ex-vereador Nelcir Tessaro entre os presos quando ele estava gripado em casa. “Alguma coisa não está correta nesse processo”, afirmou. “Um inquérito da PF nada mais é do que uma peça preliminar a ser submetida ao Judiciário, e ninguém pode ser julgado por antecipação.” (CB)
 
SEGREDO II – Para Airto Ferronato (PSB), o chamado segredo de Justiça do processo da PF parece estar “protegendo somente os corruptores” no escândalo das licenças ambientais. “Ouviu-se esse estardalhaço em relação aos empresários corruptores?”, perguntou. Segundo Ferronato, merece repúdio “jogar ao léu, aos quatro ventos, os nomes de cidadãos apenas porque se ouviu dizer”. O vereador ainda manifestou solidariedade às vereadoras Jussara Cony (PCdoB) e Any Ortiz (PPS). De acordo com o vereador, a história de lutas de Jussara “precisa ser reconhecida”. (CB)
 
SEGREDO III - Elizandro Sabino (PTB) indagou por que a imprensa só mostrou as fotos dos políticos citados na investigação da PF. “As figuras políticas vendem jornal”, lamentou. Elizandro defendeu que princípios devem ser respeitados em um processo, como o direito de defesa e a presunção da inocência. “Estão prejulgando e condenando figuras políticas antes de serem ouvidas”, criticou. Também informou que havia recebido a notícia de que a Justiça Eleitoral havia julgado improcedentes duas representações contra o vereador Cassio Trogildo (PTB), ex-secretário da Smov, lembrando que o colega de bancada teve seu rosto estampado na imprensa como arriscado de perder o mandato. (CB)

TRABALHO - Cláudio Janta (PDT) relatou atividades realizadas no Dia do Trabalho (1º de Maio). “O movimento sindical foi às ruas, participando de procissão e levando entretenimento para a classe operária”, disse, acrescentando que muitas reivindicações foram feitas. “A classe operária pede que a presidenta Dilma assine o fim do Fator Previdenciário”, informou. “É inadmissível ver o governo dar dinheiro para banqueiros e não dar dignidade aos aposentados.” Conforme Janta, o valor da aposentadoria precisa ser reajustado e deve ser criada uma nova tabela de desconto do Imposto de Renda, que não penalize os trabalhadores. Janta admitiu progressos capitaneados pelo governo federal, como a Lei das Domésticas, mas disse que o Brasil ainda tem muito a avançar. (CB)

SEGREDO IV -Valter Nagelstein (PMDB) reclamou do pré-julgamento sobre os envolvidos na operação Concutare. "Infelizmente, os oportunismos aparecem nesta hora”. Também criticou a "generalização" que não contribui com a política. "Não contribui para somar. Não qualifica uma casa legislativa. Temos a obrigação de não calar". Segundo ele, é preciso que o direito à ampla defesa seja respeitado. "Conseguimos construir, nos marcos da sociedade democrática, a possibilidade de um acusado poder organizar a sua defesa. Mas temos o tal segredo de Justiça. Que segredo é esse quando as imagens da busca e apreensão são divulgados no site de um jornal?", questionou. "A nossa luta não é pela impunidade, mas pelas conquistas da sociedade brasileira, contra o retorno ao tempo do arbítrio. Queremos a averiguação, mas dentro do devido processo legal." (MM)

DEMOCRATIZAÇÃO - Sofia Cavedon (PT) ressaltou a importância da democratização da mídia no país, criticando o fato de as concessões se concentrarem nas mãos de apenas sete famílias poderosas. “Para realização plena da democracia no país, essas concessões devem ser revistas. Outros países já fizeram, limitando as empresas. Não é possível viver em capitanias hereditárias pertencentes a grupos detentores dessas concessões”, afirmou. A vereadora destacou, porém, que quando o seu partido tenta democratizar a mídia, sofre acusações de censura. “Outra dimensão da democracia no país é a reforma política. O PT defende o financiamento público exclusivo de campanha, com conta única e prestação de conta única”, pontou também. (LV)
 
Textos: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
            Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
    Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
           Luciano Victorino (estagiário em Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)