Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto, Vereador Bernardino Vendruscolo na tribuna do plenário.
    Vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto, vereador Adeli Sell na tribuna do plenário.
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

No período de Lideranças partidárias, durante a sessão extraordinária desta quinta-feira (30/6), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

PROJETOS - Rodrigo Maroni (PR) manifestou-se sobre sua iniciativa em resgatar animais atropelados ou maltratados. “Eles passam por um sofrimento que não é percebido pela espécie humana”, afirmou. “Tem gente que diz que meus projetos são ridículos, quando quero contrariar o estupro ou o assassinato dos animais”, disse o vereador. Maroni ainda abordou seu projeto que prevê que detentos construam casinhas para cães. “Pode ser simples fazer um presidiário pagar seu custeio, mas vai ter quem vote contra, e a imprensa vai ridicularizar”, finalizou. (PE)

PROJETOS II - Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou a manchete do Jornal do Comércio, que cita a substituição das árvores caídas com o temporal de janeiro. “Ela fala do replantio das árvores, mas não sobre o recolhimento das que caíram”, disse. Criticando os projetos do colega Rodrigo Maroni (PR), Vendruscolo disse que os mesmos não são de competência da Câmara Municipal. Por fim, ironizou dizendo que apresentará uma emenda à proposta que obriga os vereadores a doarem um dia por mês para trabalho voluntário com os animais. “Eu quero aumentar: aqueles que aprovarem a proposta terão de trabalhar 15 dias por mês na causa!” (PE)

RESPONSABILIDADE - Dizendo que seu partido tem responsabilidade com o momento atual, Adeli Sell (PT) lembrou que a legenda governou o município, o estado e a União. “Mesmo não sendo da base, o PT tem responsabilidade. Não vamos servir de palco ou escada para quem quer que seja nesse período pré-eleitoral”, salientou. Defendendo a mudança de algumas normas internas, como nos tempos de liderança e na tramitação dos projetos nas comissões, Adeli exigiu o respeito no exercício do mandato dos vereadores. “Cada um que assuma sua responsabilidade. Isso não é circo, é coisa séria!” (PE)

PROJETOS III - Lourdes Sprenger (PMDB) iniciou dizendo que está há mais de 16 anos trabalhando na causa animal. “Não sou aventureira e sei o quanto é importante o trabalho voluntário, seja para animais, crianças ou idosos”, disse ela. Criticando o projeto que prevê a obrigatoriedade de adoção de animais, a vereadora defendeu que a família deve estar preparada para receber o bicho de estimação, que não pode ser “colocado goela abaixo das pessoas”. “Não podemos colocar no ralo uma causa de vários que se dedicam à causa animal”, ressaltou a vereadora, ao finalizar afirmando que não é necessário um projeto para obrigar alguém a atuar na causa animal. “O voluntariado vem da alma, e quem quer fazer não precisa de lei”. (PE)

PROJETOS IV - Cláudio Janta (SD) defendeu o seu projeto que altera a Lei Orgânica do Município determinando que os postos de saúde da Capital fiquem abertos por 24 horas. “Ele vem sendo discutido com a sociedade de Porto Alegre, em todas as regiões do Orçamento Participativo e chegou nesta Casa como uma emenda popular com 114 mil assinaturas.” Segundo Cláudio Janta, este é um projeto de todos os vereadores, e o que as pessoas estão pedindo é o direito à vida. “Há recursos, há disponibilidade e a população está disposta a ajudar. Com a saúde 24 horas, nós vamos melhorar a vida do povo de Porto Alegre”. (CM)

SAÚDE - Jussara Cony (PCdoB) defendeu o projeto dos Postos de Saúde 24 horas. Disse que “quem constrói o Sistema Único de Saúde são os usuários” e que os gestores precisam ouvir mais os funcionários e a população. “Nós precisamos de mais SUS e não da privatização da saúde no Rio Grande do Sul.” Jussara Cony também cumprimentou os municipários que estão em assembleia e “em greve pelas suas lutas e suas conquistas”. “Estamos em um momento de buscar e construir uma saída que seja honrosa para todos.” Finalizou explicando que “os gestores precisam entender que os servidores são os seus maiores aliados para sair da crise que afeta todo o país e que foi causada por um golpe na democracia”. (CM)

SAÚDE II - Dr. Thiago Duarte (DEM) disse que toda vez que for falado em golpe, na tribuna da Câmara, ele irá se manifestar porque “golpe é o que foi dado na população brasileira com um estelionato eleitoral de programas que acabaram não tendo continuidade”. O vereador, ao defender os postos de saúde abertos por 24 horas na Capital, questionou “qual é a estratégia da Secretaria Municipal da Saúde para evitar que as pessoas continuem morrendo”. “Se o governo não consegue ter uma estratégia, pelo menos ouça a sociedade civil, ouça o projeto popular.” Para ele, o projeto é uma necessidade da população de Porto Alegre. (CM)

SAÚDE III - Engenheiro Comassetto (PT) criticou a fala do vereador Dr. Thiago Duarte (DEM) dizendo que “nós é que defendemos a saúde 24 horas” e que há um “desmonte da saúde em nível nacional e estadual que se reflete na política local”. Para Comassetto, a Prefeitura Municipal perdeu a capacidade de planejar a cidade. “Nós temos todas as complementações do Plano Diretor para ser executado na cidade. Nós precisamos fazer isso, mas com um projeto democrático e participativo. Não é com a meritocracia que vamos resolver os problemas de Porto Alegre.” (CM)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)