Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Rodrigo Maroni na tribuna do plenário.
    Vereador Rodrigo Maroni (PR) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Jussara Cony na tribuna do plenário.
    Vereadora Jussara Cony (PCdoB) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (24/11), nos tempos destinados às Liderança partidárias, os vereadores da Câmara Municipal discutiram os seguintes temas:

HOSPITAL - Rodrigo Maroni (PR) falou sobre a inauguração do hospital veterinário público. “Estou pensando em participar, apesar de considerar algo profundamente cafona, onde os políticos só comparecem para cerrar a faixa”, disse. Maroni disse que atuará em defesa do hospital, independentemente de quem esteja no governo. “Não preciso de negociata nem nada de balcão, apenas não quero que ele seja um ‘elefante branco’”, garantiu, criticando a burocracia que envolve o atendimento de animais por parte da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda). “Não adianta ter um hospital bonito, para posar nas fotos, se não houver atendimento 24 horas e nos finais de semana”, argumentou o vereador. (PE)

ANISTIA - Mauro Pinheiro (Rede) atacou a manobra discutida na Câmara Federal, que confere anistia a crimes de caixa 2 em eleições passadas. “As medidas anticorrupção foram aprovadas nesta noite na comissão especial, porém muitos deputados, temendo a delação premiada da (empreiteira) Odebrecht, querem modificar em plenário o que foi decidido”, declarou Pinheiro, que descreveu a atitude como uma “ação vergonhosa” dos parlamentares. “Querem ainda que a votação não seja nominal, para que a sociedade não saiba quem quer perdoar aqueles que praticam corrupção”, afirmou. Por fim, o vereador conclamou os colegas da Câmara Municipal para uma manifestação de repúdio à manobra. (PE)

ACORDO - Sofia Cavedon (PT) manifestou-se sobre o acordo judicial entre a montadora Ford e o governo do Rio Grande do Sul. “A Ford aceitou pagar R$ 216 milhões ao Estado, encerrando uma briga judicial de 16 anos”, celebrou. Sofia lembrou também das críticas feitas ao então governador Olívio Dutra (PT), que não fechou acordo com a empresa na época. “O Olívio foi etiquetado como aquele que mandou a Ford embora, sendo que ele só fez prezar pelos interesses do Estado, avaliando que seria um mau negócio para o Rio Grande do Sul”, alegou. Para a vereadora, o acordo merece reconhecimento. “Nesse momento financeiro dramático, é importante reconhecer o legado deixado e estabelecer parâmetros para negociar com as empresas”, expôs. (PE)

REINTEGRAÇÃO – Dr. Goulart (PTB) falou sobre a reintegração de posse de uma área no bairro Campo Novo. “Comunico aos senhores que essa invasão me parece muito atípica, pois as mais de 50 famílias estão há cerca de 15 anos em posse da área, e a comunidade já está consolidada”, relatou. Segundo o vereador, o proprietário do terreno em questão está em débito com a prefeitura municipal, e já houve uma discussão para que a dívida fosse compensada através da manutenção das famílias no espaço. "Peço aos vereadores que se interessem por essa causa, já que é uma terra consolidada e uma situação em que deve haver dialogo, pois os invasores já tem direito ao espaço”, finalizou. (PE)

MULHERES - “Venho aqui dizer à sociedade e, em especial, às mulheres que amanhã, 25/11, é um dia muito importante, começou Jussara Cony (PC do B). “É o dia das atividades unificadas contra todas as formas de violência contra as mulheres.” A data foi criada em 1991 pelo Centro de Liderança Global de Mulheres com a campanha “16 dias de ativismo”, iniciado em 25 de novembro. A vereadora contou a programação das atividades unificadas em Porto Alegre dizendo que várias entidades estão lutando pela mesma causa porque “quando uma mulher avança com os seus direitos na sociedade, toda a sociedade avança”. (CM)

ACORDO II - João Carlos Nedel (PP) subiu à tribuna para comentar o discurso feito pela vereadora Sofia Cavedon (PT) sobre o acordo entre o governo estadual e a Ford que indenizará o Estado com R$ 216 milhões. No entanto, Nedel não comemorou esse acordo pois a “economia gaúcha perdeu bilhões de reais” quando a Ford decidiu que não se instalaria mais no Estado. “Estou falando apenas em arrecadação de impostos. Pergunte o que foi perdido para os empreendedores e para os milhares de pessoas que ficaram desempregadas. Foi uma calamidade a perda desse investimento.” O vereador vê a indenização como um agradecimento da multinacional, pois ela teria lucrado “muito lá na Bahia”. (CM)

GESTÃO - Cláudio Janta (SD) comentou que as gestões dos governos municipais e estaduais precisam enxugar os gastos. No entanto, esta redução não pode ser feita da forma como o governo José Sartori está fazendo, “querendo extinguir a tecnologia e os conhecimentos”. Para Janta, extinguir fundações não é a solução. “É um absurdo vender inteligência e pesquisa. A gestão está errada. Não extinguiu os cargos comissionados e quer extinguir a inteligência do Estado.” O vereador espera que o dinheiro recebido de indenização da Ford possa ser usado pelo Executivo estadual para pagar o salário dos servidores. (CM)

VANDALISMO – Adeli Sell (PT) contou aos colegas da Casa que a sede da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), localizada na avenida Osvaldo Aranha, foi "vandalizada pela quinta vez", em menos de dois meses, nesta madrugada, 24/11. De acordo com Adeli, essas situações estão ocorrendo porque não há guardas municipais protegendo os prédios públicos. Continuando a falar sobre a Secretaria, o vereador disse que um estabelecimento denunciado pela Câmara foi fechado pela Smic. “Eu não me espanto, não me dobro, não me rendo”, afirmou ao recordar que o dono do lugar lhe destratou quando ele passou pelo local. (CM)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)