Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Na tarde desta quarta-feira (12/12), em sessão ordinária, vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos em comunicação de Lideranças:

ENERGIA – “Faltam investimentos por parte do Estado”. Ao fazer esta afirmação, Professor Garcia (PMDB) revelou que, em função do último temporal sobre a cidade, a região em que mora enfrentou um período de 37 horas sem energia elétrica. O vereador sugeriu que a população apresente reclamações junto à CEEE e anote os número do protocolo de atendimento. “Com isso se pode ingressar com uma ação conjunta para o ressarcimento do que foi perdido”, explicou. “Gostaria que o governador Tarso Genro informasse quais os investimentos que estão sendo feitos na área de energia”, completou. (HP)

ENERGIA II – Carlos Todeschini (PT) disse ser o debate proposto pelo Professor Garcia excelente e afirmou que os problemas com a CEEE remontam ao governo de Antônio Britto, que governou o estado pelo PMDB. “Na época, na regional de Pelotas, por exemplo, houve denúncias até de tráfico de pessoas.” Conforme o vereador, os problemas na Companhia continuaram com os governos de Germano Rigotto, também do PMDB, e depois com Yeda Crusius. Disse ainda que nos últimos anos um enfermeiro era o diretor na área de distribuição de energia. “Esses são os motivos para o sistema entrar em colapso”. Informou que Tarso Genro deverá investir R$ 3 bilhões na recuperação de linhas de transmissão, subestações e substituição de transformadores, entre outras ações. (HP)

ENERGIA III – Paulinho Rubem Berta (PPS) destacou ser o tema energia elétrica atual e necessário, mas lamentou que as críticas não alcancem governos anteriores a Antônio Brito: “ninguém fala de Olívio Dutra, por exemplo. Só de Brito para cá.” O vereador criticou o fato de que, pela falta de investimentos em redes de energia, 16 famílias tenham recentemente perdido suas casas na Morada do Sol. Conforme o vereador, sinistros como esse acontecem pela utilização de “gatos”. “São pessoas que querem pagar pela energia, pela água”, revelou. “Não se resolvem problemas com alguém só criticando o passado e não propondo nada para a frente” disse Rubem Berta. (HP)

JULGAMENTOS – Sofia Cavedon (PT) disse acreditar que, se o julgamento do ex-presidente Fernando Collor tivesse sido ao vivo, como os recentes e ligados ao mensalão, o resultado poderia ter sido outro. A vereadora também lamentou a impugnação da eleição de Tarciso Zimermann, em Novo Hamburgo, pelo fato de ele ter participado de uma inauguração, em período proibido pela Justiça Eleitoral. “Não há crime nisso, onde está o bom senso”, questionou. Sofia também criticou o fato de que, em Porto Alegre, o Ministério Público não empreenda ações a respeito de desvios de recursos públicos na prefeitura. “Basta dizer que as verbas estão inscritas em dívida pública e está resolvido. Veja a diferença com outros julgamentos”, lamentou. (HP)

ENERGIA IV - Nelcir Tessaro (PSD) disse que enquanto se procura culpados para a catástrofe gerada pelos vendavais de segunda-feira (10/12) à noite, quem mais sofre e "paga o pato" é a população que ainda está carente dos serviços básicos. "A falta de energia elétrica é quase geral, da zona norte à zona sul. É preciso mais agilidade e uma postura enérgica da prefeitura na resolução dos problemas", observou, ao salientar que é necessário catalogar as árvores de Porto Alegre para prevenir que caiam e danifiquem a rede de energia e os fios de alta tensão. "Não há uma inspeção adequada para proteger o cidadão. Não podemos conviver com esse risco cada vez que chove", criticou. (ES)

ARBORIZAÇÃO - Beto Moesch (PP) condenou quem tenta culpar as árvores da cidade pelo caos gerado em virtude do vendaval que ocorreu. Segundo Moesch, se não houvesse a arborização, os efeitos da mudança climática seriam ainda piores. "São as árvores que protegem a rede de energia, se a CEEE não fizesse as podas radicais dos caules, as árvores não cairiam dessa maneira. Quem gera insegurança à população é a Companhia de Energia Elétrica", frisou, ao comentar que a rede da CEEE é obsoleta, pois não investe na proteção dos fios elétricos e cabos de alta tensão. "Enquanto lucra mais de R$ 6 milhões por ano, a CEEE culpa a arborização e tudo fica por isso mesmo." (ES)

SOLLUS - Pedro Ruas (PSOL) insistiu na nova denúncia confirmada pela PGM de que o Instituto Sollus - empresa que fraudou R$ 9 milhões da saúde em Porto Alegre -, é responsável também por desviar mais de R$ 11 milhões da Previdência Social. No entanto, conforme Ruas, o Instituto não tem nada para executar e pagar o que deve. "Vão ter que cobrar o dinheiro da prefeitura, porque tudo que o Instituto Sollus possui está penhorado. E o pior é que vamos continuar sem saber quem permitiu esta fraude, pois não podemos investigar nada nesta Casa", reclamou. De acordo com Ruas, durante 24 meses o Instituto emitiu guias falsas aceitas pelo município. (ES)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)