Projeto defende a escola sem partido
Proposta quer evitar doutrinação ideológica em sala de aula
Tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre Projeto de Lei que estabelece orientações quanto ao comportamento de funcionários, responsáveis e corpo docente de estabelecimentos de ensino público ou privado da capital no ensino relacionado a questões sociopolíticas, preconizando a abstenção da emissão de opiniões de cunho pessoal que possam induzir ou angariar simpatia a determinada corrente político-partidária-ideológica. Apelidado de "Escola Sem Partido", o projeto é de autoria do vereador Valter Nagelstein (PMDB).
A proposta busca evitar qualquer tentativa de doutrinação ideológica do ensino, por profissionais cuja filiação político-partidária possa ser colocada a serviço de uma causa menor que a própria educação em si. “O projeto visa garantir, no campo do ensino, que os educandos recebam todas as informações possíveis, dentro do espectro disciplinar, respeitando-se a formação moral advinda da sua família, permitindo que o aprendizado enseje o diálogo entre o que está sendo ensinado com a formação pessoal do educando, garantindo-se, assim, a liberdade na formação da identidade filosófico-ideológica do estudante, sem que o educador interfira no posicionamento pessoal de cada aprendiz”, esclarece.
De acordo com o parlamentar, as crianças e jovens são ávidos de aprendizado e ao mesmo tempo despossuídos de elementos que os protejam de condutas de ensino desprovidas de ética por parte justamente de quem deveria, por obrigação moral, privilegiar a transmissão do conhecimento educacional isento e que garanta a equidade e pluralismo de ideias, representados no ideário constitucional da República, na definição de cidadania.
Texto: Lisie Venegas (reg. prof. 13688)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)