Seminário

Ministro diz que governo vai reabrir debate sobre a TV Digital

Tarso Genro participou de evento Foto: Elson Sempé Pedroso
Tarso Genro participou de evento Foto: Elson Sempé Pedroso

Tarso Genro, ministro da Coordenação Política, disse que o governo Lula abrirá canais permanentes de discussão com a sociedade para aperfeiçoar o decreto que regula o sistema de TV e rádio digital no Brasil. A afirmação foi feita sexta-feira (11/8), durante o seminário de TV e Rádio Digital, realizado no Parque Esportivo da PUCRS, prédio 81, 5º andar, na Avenida Ipiranga, 6690, e organizado pelas comissões de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) e de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Celso Augusto Schröder, coordenador-Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), considerou um avanço por parte do governo a retomada dos debates. “A escolha tecnológica, do modelo japonês, se deu a partir de interesses privados, mais especificamente da Rede Globo. Este encontro abre novamente as discussões que até agora tiveram a tecnologia como eixo central”, analisou Schröder. Para ele, é preciso discutir com a sociedade as formas de participação, as questões de conteúdo e as relações socioculturais, “além dos sistemas de financiamento e da dimensão  industrial e econômica, que não têm sido consideradas nos debates sobre o tema”.

Tarso explicou que a definição do governo federal pelo modelo japonês possibilita a implantação de tecnologias e indústrias locais. Explicou que o modelo japonês é o que mais traz vantagens no momento  porque é passível de aceitar o que é produzido pelo Brasil. O presidente a Cedecondh, vereador Carlos Todeschini, salientou que  o Brasil fez uma opção por um sistema de TV e rádio digital e que Porto Alegre recebeu importantes investimentos do governo federal. “Esses investimentos abrem inúmeras possibilidades para  implantação de microcondutores, chips e tecnologia digital, o que pode significar uma alavanca em termos de geração de renda e empregos para a cidade e para o Estado.”

O primeiro painel, Impactos Socioculturais, além de Tarso e Schröder, teve as presenças de Roberto Cervo, presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert); e Clementino Lopes, coordenador da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço).

O segundo painel, Opções e Potencialidades Tecnológicas, teve a presença do professor Fernando de Castro, coordenador das pesquisas do Laboratório Multidisciplinar para Tecnologias da Informação e Telecomunicações (LMTIT) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (IPCT-PUCRS) sobre TV Digital; professor Altamiro Susin, coordenador de grupo do Laboratório de Processamentos de Sinais e Imagens da Engenharia Elétrica da Ufrgs; Sérgio Bampi, diretor técnico do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec); Fernando Ferreira, diretor regional Sul da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações e Diretor de Engenharia da Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS); Takashi Tome, pesquisador do CPqD, empresa responsável pela gerência das pesquisas sobre o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) e integrante do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Sintpq).

O evento encerrou com o painel Impactos e Perspectivas Econômicas, que contou com a presença de Rui de Salles Cunha, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee); Marcos Pó, coordenador executivo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec); e César Rômulo Silveira Neto, superintendente executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (TeleBrasil).

Alexandre Costa (reg. 7587)