Grande Expediente

Câmara lembra 59 anos de criação do Estado de Israel

Chmelnitzki, na tribuna, falou sobre a história de Israel Foto: Elson Sempé Pedroso.
Chmelnitzki, na tribuna, falou sobre a história de Israel Foto: Elson Sempé Pedroso.

A Câmara Municipal de Porto Alegre destinou o Grande Expediente da sessão desta segunda-feira (14/5) para homenagear os 59 anos de criação do Estado de Israel, comemorados em 24 de abril passado. Proposta pelo vereador Dr. Goulart (PTB), a homenagem contou com a presença de autoridades municipais e estaduais, diversos representantes da comunidade judaica e alunos do Colégio Israelita da Capital.

Dr. Goulart comparou a criação do Estado de Israel à saída dos judeus do Egito, onde eram escravizados, há mais de 2 mil anos, e destacou a contribuição judaica em todas as áreas do conhecimento, como ciência, arte e tecnologia. “A caminhada do povo judeu foi de dor e sofrimento, mas também de luta e determinação”, disse. “Quando o Estado de Israel foi criado, em 1948, logo após o Holocausto, o mundo acreditou que a perseguição aos judeus havia acabado, mas, em 15 de maio do mesmo ano, cinco países o atacaram.” Desde então, segundo Goulart, a guerra e o terrorismo fazem parte do cotidiano dos israelenses, que precisam defender sua soberania diariamente. “Apesar disso, Israel tornou-se um jardim no deserto”, afirmou, destacando o desenvolvimento do país.

Ao agradecer a homenagem, o presidente da Federação Israelita do RS (Firgs), Henry Chmelnitzki, lembrou que, em sua história de mais de 5 mil anos, o povo judeu reafirmou seu inconformismo com o totalitarismo. Segundo Chmelnitzki, o Estado de Israel foi criado com base nos princípios de democracia, tolerância, liberdade, justiça, solidariedade e união preconizados pelos patriarcas e pelo líder sionista Ben Gurion. “Foi a obediência a esses princípios que possibilitaram aos judeus desbravar uma terra árida e tornar-se um país que exposta US$ 18 bilhões/ano e apresenta inflação quase nula”, disse. “São 59 anos de trabalho constante, marcados por guerras, atentados e mortes, mas sem perder a esperança.” Chmelnitzki ainda destacou a memória do ex-vereador Isaac Ainhorn, lembrando sua dedicação à cidade.

Em nome de suas bancadas, manifestaram-se os vereadores João Dib (PP), Adeli Sell (PT) e Ervino Besson (PDT). Além de Chmelnitzki e da presidenta da Câmara, vereadora Maria Celeste (PT), compuseram a Mesa o presidente do Conselho Geral da Firgs, Boris Wainstein; a secretária estadual de Cultura, Mônica Leal; o desembargador João Armando Bezerra Campos, representante do Tribunal de Justiça do Estado; e a procuradora Sandra Goldman, da Procuradoria Geral de Justiça do Estado.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)