Academia da Polícia Civil é destacada pelos seus 80 anos

“Os homens e mulheres que participam da Academia não vêm de Marte, vêm da sociedade, e diferente do que muitos pensam, são pessoas que têm sempre a melhor intenção”. Esta foi uma das afirmações da vereadora Comandante Nádia (PMDB) durante homenagem aos 80 anos da Academia de Policia Civil (Acadepol). A data foi destacada no período de Comunicações da sessão ordinária desta quarta-feira (10/5) na Câmara Municipal de Porto Alegre.

Em seu pronunciamento, a vereadora lembrou que as pessoas que buscam formação na Acadepol sempre são pautadas pela honra, ética, moral e direitos humanos. “Todos são de carne e osso, têm família e saem para o trabalho de manhã sem saber se retornam às suas casas”. Comandante Nádia salientou igualmente o fato de ser a Academia não apenas um local para a formação de novos policiais, mas também um espaço para a troca de ideias e experiências.

Ao destacar a presença de três mulheres em postos de direção da Acadepol, a vereadora recordou, na história da instituição, a evolução da presença feminina. “O primeiro concurso aberto para mulheres foi realizado em 1970, para investigadoras de polícia, e em 1987 foram formadas as primeiras delegadas”, citou. “Agora, após mais de 30 anos, temos três mulheres na direção”, comemorou Nádia. “Nos deixa muito felizes vermos o crescimento das mulheres na segurança pública”.

Atualmente a Academia de Polícia Civil tem como diretora-geral Elisângela Melo Reghelin, como diretora da Divisão de Ensino a delegada Viviane Nery Viegas e como diretora da Divisão de Recrutamento e Seleção a delegada Daniela Ruschel Malvásio. Todas estiveram presentes à homenagem, juntamente com o Chefe de Polícia do RS, delegado Emerson Wendt, e a delegada Luciana Bartotelli, que representou a Secretaria de Segurança do Estado. Também estiveram na sessão plenária vários delegados e delegadas da Polícia Civil, além de alunos da Acadepol.

Lembrando que os vereadores representam o povo de Porto Alegre, ao agradecer a homenagem o delegado Emerson Wendt destacou o fato da Acadepol ter um papel fundamental na vida dos policiais. “Lá temos a possibilidade de conviver com as atividades do dia a dia e aprendermos o que é servir e proteger”, falou. “A formação é o início de tudo, mas é o principal referencial para a nossa carreira”, completou Wendt. A diretora-geral, delegada Elisângela Reghelin, também agradeceu a homenagem e apresentou um breve vídeo com imagens da história da Academia.

Parlamentares

Os vereadores também se manifestaram sobre os 80 anos da Acadepol:

IMPORTÂNCIA - Airto Ferronato (PSB) destacou a importância da Academia e afirmou que não há desenvolvimento e crescimento de pessoal sem o apoio de instituições que tenham, por lei, a responsabilidade de cuidar das equipes de segurança. “Esta homenagem é de extrema importância”. Ferronato relembrou algumas parcerias que já realizou com a Acadepol e agradeceu à atual e às antigas direções. “Eu olho com carinho as contribuições da Academia ao Rio Grande do Sul. Vida longa à Acadepol”, declarou. 

MISSÃO -  Relembrando a trajetória do pai, o coronel Pedro Américo Leal, que foi professor e diretor da Acadepol, a vereadora Mônica Leal (PP) disse que tem um carinho muito grande pela Academia e que acompanha "de perto" suas demandas e necessidades. Atuando no combate à criminalidade, a Acadepol completa 80 anos, cumprindo “a missão exemplar de capacitar, formar e aperfeiçoar milhares de policiais civis, que retornam o aprendizado à sociedade gaúcha”. Mônica ainda ressaltou que a atual direção da Acadepol é feminina e que considera o fato um “diferencial positivo”.

INSEGURANÇA - Porto Alegre está vivendo um período de “extrema insegurança”, segundo o vereador Adeli Sell (PT), que comentou que a falta de segurança é tema de suas conversas diárias. Ele advertiu que as instituições militares precisam de condições técnicas e estruturais para realizar seu trabalho, pois “juntando toda a energia e conhecimento delas e tendo, sempre, como foco as pessoas e a sociedade” será possível cuidar das vidas que estão em jogo a cada dia em Porto Alegre. Adeli ainda expôs a necessidade de melhorar a comunicação entre os representantes da segurança em todas as esferas do estado. “Vamos fazer um grande movimento, colocando no centro a dignidade humana e tratando o transgressor como ele deve ser tratado e o cidadão, como deve ser cuidado”, finalizou.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)