AJUC alerta que construção de prédio danificará o museu Júlio de Castilhos

No período de Tribuna Popular da Câmara Municipal desta segunda-feira (12/08), Cláudio Pires Ferreira, presidente da Associação dos Amigos do Museu Júlio de Castilhos (AJUC), apresentou a situação conflituosa entre um empreendimento imobiliário da empresa Melnick Even e a manutenção do Museu Júlio de Castilhos, o mais antigo do Rio Grande do Sul e tombado pelo IPHAE e IPHAN. "Venho a esta Casa discutir sobre o projeto de construção de um prédio de 42 andares ao lado do Museu Júlio de Castilhos".

O presidente da entidade apontou leis e regulamentos que exigem a consulta ao responsáveis pela preservação do patrimônio histórico para realizar a obra. Relatou um estudo do Instituto de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no qual se analisa os impactos urbanísticos para a região e as prováveis consequências na preservação do museu. "Trata-se de um edifício cuja construção colocará em risco irreversível um patrimônio histórico da sociedade brasileira e mundial". Também foram apresentados laudos técnicos e decisões dos órgãos de defesa patrimonial contrárias à construção, os quais têm sido ignorados pela Prefeitura, que deu aval para a construção. Segundo ele, o Ministério Público do RS, o Ministério Público Federal, o Estado do Rio Grande do Sul e o IPHAE já se posicionaram favoravelmente à ação empreendida pela associação.