Alexandre Bobadra: Porto Alegre tem chances de decidir futuro da Rodoviária após licitação deserta
Com as notícias de que o processo licitatório da Rodoviária de Porto Alegre não prosperou por falta de interessados, o vereador Alexandre Bobadra (PSL) comemorou o resultado que, conforme ele, dará tempo para aprofundar as discussões.
“Foi uma vitória de Porto Alegre e dos movimentos organizados para impedir o certame. A Rodoviária é da Capital e não pode estar apartada dos planos de revitalização do Centro Histórico e nem das questões de mobilidade urbana, pois se trata de um ponto fundamental”, disse Bobadra.
Como presidente da Frente Parlamentar dos Comerciantes e Moradores do Centro Histórico, o vereador Alexandre Bobadra impetrou Ação Popular contra o processo de licitação da Rodoviária de Porto Alegre alegando falta de informações mais detalhadas sobre o futuro das empresas locais e valores exigidos em investimentos.
“Nossa intenção era suspender o processo licitatório para gerar o debate. O processo todo vinha preocupando os empresários e havia pontos obscuros, como o tempo de concessão e as contrapartidas exigidas”, argumentou.
Com a licitação vazia, o Estado pretende aprofundar as sondagens de mercado e buscar conhecer melhor os fatores que causaram o fracasso da licitação. Se concedida pelos 25 anos pretendidos, estava previsto um investimento de R$ 86,7 milhões e intervenções no entorno com 70% das obras realizadas nos primeiros três anos de contrato.
“Além do tempo proposto para concessão, os investimentos exigidos estavam vagos como se jogado ao acaso, além da falta de detalhes sobre os planos em melhorias e modernizações e reais benefícios ao município”, disse o vereador que sustenta, entre outros pontos, o uso do espaço para servir ao transporte coletivo da região metropolitana.
Bobadra reforçou que a Estação Rodoviária é de Porto Alegre e os debates sobre licitação deveriam ser tratados obrigatoriamente com a participação do Executivo e do Legislativo local. “Claro que deve ser modernizada, mas ela está inserida em questões fundamentais de nossa cidade. Esse tema não pode ser tratado sem a esfera municipal numa decisão unilateral do Estado. É um debate que deve ser tratado na Câmara com a participação de todos os setores envolvidos”, finalizou.