Apae relata trabalho e pede apoio às necessidades da associação
Entidade, em Porto alegre, atende 410 alunos em suas unidades

O Legislativo Municipal recebeu, na tarde desta quinta-feira (15/8), no período destinado à Tribuna Popular durante a sessão ordinária no Plenário Otávio Rocha, o presidente da Associação de Pais e Amigos Excepcionais de Porto Alegre (Apae/Poa), Vitor Hugo Borowski Castilhos. Durante sua manifestação, Castilhos falou sobre as necessidades enfrentadas pela associação, que completa 57 anos no dia 22 de agosto.
Em Porto Alegre a entidade conta com a existência de quatro ambientes físicos; 120 colaboradores celetistas das mais diversas profissões, tais como: médicos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e outros; e o total de 410 alunos atendidos, como salientou Castilhos. No Rio Grande do Sul, a congregação da Apae está em 205 municípios; enquanto, pelo território nacional, são mais de duas mil unidades que atendem o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual ou múltipla.
“Diferente de algumas entidades e até do próprio município, nossos alunos não ficam vinculados a faixas etárias”, narrou ele, ao contar que, inclusive, têm alunos com mais de 70 anos de idade frequentando os programas da Apae. Conforme Castilhos, independente da deficiência, uma das intenções é fazer com que os alunos da instituição também estejam habilitados ao mercado de trabalho.
Necessidades
Na oportunidade, Castilhos apresentou a origem das receitas que mantêm a associação. Disse que elas são divididas em dois campos iguais, “a receita bruta vem de termos de colaboração com órgãos públicos - metade da esfera municipal, metade da estadual”. Daquelas que vêm do município, citou convênios com a Secretaria Municipal da Educação (Smed) e com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Já das que são recebidas do estado, são provenientes da Secretaria de Educação (Seduc).
A partir das receitas, o presidente avaliou as principais necessidades que a Apae enfrenta atualmente. Afirmou que “seria importante e oportuna a reavaliação dos valores individuais advindos dos contratos de colaboração com os órgãos públicos”. Sublinhou que será “dessa fonte que estará assegurada a qualidade, a intensidade e o desenvolvimento dos serviços que sempre prestamos”. E completou: “Então é importante que nossos recursos estejam a altura”.
O representante da Apae pediu ainda a diminuição da burocracia para se obter o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança). “Esses valores poderiam ser mais facilmente acessados pelas instituições”, defendeu, ao enfatizar que “esta é uma forma de podermos, além das receitas ordinárias, trazermos melhores condições aos nossos alunos assistidos”.
Em nome dos alunos da Apae, dos profissionais que trabalham na associação e da diretoria que a dirige, Castilhos agradeceu a cessão do espaço. E finalizou com a seguinte mensagem: “Que possamos contar com o apoio desta Casa, que é a do povo, e fazermos mais pela deficiência intelectual ou múltipla”.