Comissões

Associação explica processo de recuperação de posto da BM

Reunião junto aos integrantes do Instituto Cultural Floresta. No microfone, Marcos Otton, presidente da Associação Conviver Melhor. Compondo a mesa, a vereadora Lourdes Sprenger e os vereadores Moisés Barboza, Rafão Oliveira e Cláudio Conceição.
Otton, da Conviver Melhor, disse na Cedecondh que comunidade irá exigir efetivo para ocupar o posto (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

O líder comunitário Marcos Otton, da Associação Conviver Melhor, que abrange os bairros Petrópolis e Jardim Botânico, relatou nesta quinta-feira (25/4) o andamento de reforma completa que vem sendo feita no prédio da 3ª Companhia do 11º Batalhão da Brigada Militar, graças ao esforço da entidade e da comunidade. Otton participou de reunião extraordinária da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), da Câmara Municipal de Porto Alegre. O encontro foi presidido pelos vereadores Moisés Barboza (PSDB) e Comissário Rafão Oliveira (PTB). Participaram ainda os vereadores Cláudio Conceição (DEM), Lourdes Sprenger (MDB) e Marcelo Sgarbossa (PT).  

Segundo Otton, a obra foi dividida em quatro etapas: recuperação predial, construção de alojamentos, e troca total do sistema de encanamento, esgoto e rede elétrica. A última, ainda em fase de captação de recursos, será a compra do mobiliário. O líder comunitário explicou que o material de construção foi bancado por uma quotização entre a moradores de casas e condomínios. O Colégio Santa Inês pagou a mão de obra, e engenheiros e duas lojas de material de construção facilitaram as negociações de preços, salientou ainda ele.

Depois da conclusão total da revitalização do posto, a comunidade irá exigir, da Secretaria de Segurança Pública, realocação de um destacamento da Brigada Militar para cuidar da área, como foi saleintado pelo representante da Conviver Melhor na reunião. Othon adiantou que sua associação faz parte de um grupo de entidades que exige a colocação de 2,5 mil PMs no policiamento da capital, garantindo um efetivo de mil homens por turno no policiamento ostensivo. Ele reclamou que a 3ª Companhia recebeu oito carros novos, porém não existe efetivo para realizar o patrulhamento.

Na mesma oportunidade, Alisson Martins, representando o Sindlojas, anunciou que está interessado em difundir a experiência da comunidade de Petrópolis com a perspectiva de difundir as ações comunitárias para contribuir coma segurança pública. Martins defende que o importante é estabelecer orçamento colaborativo, embora seja do poder público a obrigação de garantir a atividade adequada da segurança pública.

Vereadores

A vereadora Lourdes Sprenger expôs o sistema adotado na sua vizinhança que consistiu na instalação do sistema eletrônico com câmeras. Com isso, como salientou ela, a sensação de segurança e a identificação de criminosos têm ajudado as polícias a prender arrombadores de casas e puxadores de automóveis. Cláudio Conceição disse que as comunidades com atitude proativa no combate à criminalidade estão de parabéns. “Ontem morreu um policial por falta de tempo de chegada do apoio e pela falta de estrutura”, lamentou.  

Comissário Rafão disse que irá visitar, em breve, o prédio reformado da 3ª Companhia para conhecer a experiência e tentar disseminar essa ideia na cidade. Mesmo assim não não poupou as críticas à estrutura de segurança pública do Estado por conta do PM morto com um tiro de fuzil que atravessou o colete balístico: “O meu colete está vencido. O dele provavelmente estava vencido ou não era configurado para conter a bala de fuzil calibre 556” completou. Segundo o vereador, o governo estadual terá necessariamente que melhorar a estutura de recursos humanos e de equipamentos para o combate à criminamidade. 

Texto: Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)