COSMAM

Audiência Pública apresenta Relatório de Gestão de Saúde do 2° Quadrimestre

Audiência Pública para apresentação, por parte da SMS, do Relatório de Gestão de Saúde do 2º quadrimestre de 2024.
Secretário de Saúde Fernando Ritter apresentou os dados referentes ao Relatório de Gestão do 2° Quadrimestre (Foto: Marlon Kevin/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) realizou Audiência Pública, na manhã desta terça-feira (24/09), para apresentação, por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), do Relatório de Gestão de Saúde do 2° Quadrimestre de 2024. A apresentação por parte do Executivo é feita com base na Lei Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012. A presidente da Cosmam, vereadora Lourdes Sprenger (MDB), abriu os trabalhos e, de imediato, passou a palavra ao secretário de Saúde, Fernando Ritter.

O titular da pasta contextualizou que “foi um quadrimestre totalmente diferente do que nós já tínhamos vivenciado nas últimas décadas” e sublinhou “que este foi o pior momento da história de Porto Alegre e como a gente ainda tem que avançar como Estado para poder se proteger”. De acordo com Ritter, foram 27 unidades de saúde atingidas pela enchente e 12 ainda tem que retomar as atividades. “Nós nunca deixamos de atender os nossos pacientes de CAPs”, disse. Ele salientou a reabertura da Farmácia Distrital Navegantes, do Centro de Saúde Navegantes, que foi o segundo maior centro atingido, o primeiro foi o Santa Marta, que também já retomou suas atividades. Explicou que as unidades da Ilha dos Marinheiros e da Ilha do Pavão deverão ser totalmente reconstruídas e estão com unidades provisórias. 

Ritter falou sobre a preocupação com a dengue. “Associado ao calor, já arrancamos com um nível de alerta 2 e há alguns anos, nesta mesma época, o município estava em nível zero”, apontou. Segundo o secretário, a Prefeitura está executando ações de prevenção e o Plano Municipal de Inteligência da Dengue, Zika e Chikungunya 2024. A Vigilância em Saúde faz o acompanhamento semanal dos casos na cidade. Até o momento, são mais de 9 mil casos e onze óbitos. Outras doenças transmissíveis importantes para o controle epidemiológico são a monkeypox e a coqueluche, as quais a SMS também faz painéis de monitoramento. 

Outro ponto abordado no relatório foi a Operação Inverno, que terminaria em 30 de setembro, mas será prorrogada em 30 dias em função da procura por questões respiratórias pela má qualidade do ar presente no Estado. Sobre a vacinação, o secretário de Saúde alertou que só 57% dos idosos se vacinaram neste ano. “Tomar vacina não vai evitar que a gente tenha gripe, ela vai evitar a forma grave”, afirmou. Ele pontuou que, durante o período das enchentes, todas as unidades atenderam a pessoas de todos os territórios, inclusive abrindo aos finais de semana e com horário estendido até às 19h. São 134 unidades de saúde de atenção primaria no município.

O secretário destacou também as obras previstas entre 2022 e 2025. De acordo com o titular da pasta, foram 29 obras entregues das 130 previstas, 37 estão em andamento e seis novas obras iniciaram neste quadrimestre. Quanto ao Programa Agiliza Saúde, Ritter apresentou um total de aproximadamente R$ 53 milhões em investimentos, sendo R$ 14 milhões previstos para reduzir a espera para consultas, exames de cirurgias; R$ 842 mil para construção e reforma de unidades de saúde, e R$ 37 milhões para compra de equipamentos para hospitais próprios e SAMU.  Ele falou ainda da obrigação legal de o município aplicar no mínimo 20% da Receita Corrente Líquida em saúde e que a Prefeitura aplicará cerca de 22%.

Por fim, o secretário foi questionado com relação às maternidades fechadas na Capital, tais como as dos hospitais São Lucas, Ernesto Dorneles e mais recentemente a do Mãe de Deus. Ele explicou que houve um redirecionamento, centralizando a demanda dos partos na maternidade do Hospital Presidente Vargas, porque hoje em dia há menos nascimentos em Porto Alegre; em 2016, por exemplo, nasciam cerca de 16 mil bebês na Capital e atualmente em torno de 12 mil. “O que mais nos impactou não foi o fechamento do Mãe de Deus, foi das maternidades da Grande Porto Alegre, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha; pois todos vêm pra cá”, ponderou. Mesmo assim, “nós não vamos deixar nenhuma mãe desassistida, isso é compromisso”, garantiu Ritter.

Texto

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)