Câmara de Porto Alegre presta homenagem ao Grupo de Ações Especiais de Intervenção Prisional (GAES)
Por iniciativa do vereador Alexandre Bobadra (PSL), a Câmara de Porto Alegre homenageou, nesta segunda-feira (27), os Policiais Penais do Grupo de Ações Especiais (GAES) - órgão ligado à Superintendência do Serviços Penitenciários (SUSEPE) e à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo.
Bobadra aponta que a homenagem “é para fazer justiça com a Polícia Penal do Rio Grande do Sul por uma luta de quase 20 anos de uma importante categoria da segurança pública do Brasil”.
Na realidade brasileira em que o crime e as facções mais perigosas do Brasil atuam de dentro dos presídios, o GAES é fundamental para operar em situações de tensão e crises no ambiente prisional, dentro da mais absoluta legalidade e observância aos direitos humanos, para que possam dar uma resposta eficiente e eficaz por parte do Estado. Exercem uma função essencial à Segurança Púbica movidos pelo lema ‘de onde todos querem sair nós queremos entrar’.
Criado em 2010 para atuar em situações especiais, como escoltas de alto risco, intervenções prisionais, gerenciamento de crises, negociações internas em situações de motim, o GAES é a tropa de elite da Polícia Penal.
Juliano Manoel Moro, diretor do Gaes, conta que o grupamento foi iniciado em 2009, após uma rebelião em Venâncio Aires, quando três agentes penitenciários “foram custodiados por aproximadamente 140 internos insatisfeitos com novas condutas disciplinares". Moro diz que o episódio mostrou a necessidade de um grupo especializado em situações de crise no sistema prisional. Criado oficialmente em 2010, o grupo dava suporte em situações de crise, motins e rebeliões. Em 2018, ficam estabelecidas como funções do Gaes “intervenções prisionais em revistas gerais, rebeliões com ou sem reféns, gerenciamento de crises, motins, rebeliões, negociações e escoltas de presos de alto risco”.
Os servidores do GAES são selecionados através de concurso interno para que os mais aptos possam atuar. O curso dura 30 dias, em regime de internato, e exige que o aluno- servidor seja posto à prova nas mais diversas situações de complexidade para que seja capacitado a operar nos mais diversos cenários críticos. A última seleção foi finalizada no mês de agosto e os servidores estão em processo de ingresso pós-curso. Em 2022 teremos outra seleção.
O rigoroso e complexo processo seletivo durante o curso tem as mais diversas instruções, como explosivos, intervenção prisional, escolta de alto risco, gerenciamento de crise, negociação, direitos humanos, legislação, uso da força, entre outras instruções, com a participação das mais diversas instituições públicas, com o que cada uma das forças de segurança têm de melhor a repassar.
São profissionais altamente capacitados em tática e procedimentos operacionais, legislações pertinentes à atuação, além de treinamento físico e psicológico. Participam frequentemente de formação com apoio de outras forças de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros Militar, Brigada Militar e Guarda Municipal de Porto Alegre. Além de cursos de operações especiais para a função de intervenção em penitenciárias e unidades prisionais em situação de alto risco.
O papel do GAES é garantir a segurança dos apenados no cumprimento da pena, garantir que materiais ilícitos possam ser retirados, garantir o transporte de presos com maior grau de periculosidade, entre outros. São agentes com reconhecimento por sua dedicação que colocam em risco a sua própria vida para cumprir seu papel de fornecer segurança à sociedade gaúcha.
Nosso GAES é um orgulho para a Polícia Penal e para todo o Rio Grande do Sul pela excelência nas operações prisionais, que faz o Grupo ser reconhecido nacionalmente.
Além do diretor Juliano Moro, prestigiaram aa homenagem: Mauro Hauschild, secretário de Justiça, Sistemas Penal e Socioeducativo do RS; Cledio Müller, diretor adjunto do Departamento de Segurança e Execução Penal (Desep), representando José Giovane Rodrigues de Souza, superintendente da Susepe; Patrícia Picolotto, delegada da 10ª Delegacia Penitenciária Regional; Saulo Felipe Basso dos Santos, diretor do sindicato da Amapergs; Eberson Trindade Rodrigues, diretor da Academia de Polícia Penal; Paulo Artur de Oliveira Antunes, diretor estadual da UNBC; e Jorge Rangel, diretor social da Conexis.