Câmara destaca 74 anos da criação de Israel
A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou nesta terça-feira (3/5) Sessão Solene em homenagem aos 74 anos de criação do Estado de Israel. A cerimônia, proposta pela vereadora Fernanda Barth (PSC), ocorreu no Plenário Otávio Rocha e foi conduzida pela vereadora Mônica Leal (PP).
Mônica observou que a história da comunidade judaica em Porto Alegre é de extrema importância e destacou sua familiaridade com a cultura judaica, pelo seu vínculo pessoal com famílias tradicionais. “Aprendi os costumes, as tradições, e a reconhecer o valor das sagas do povo judeu. E pela minha atuação pública, como vereadora ou como secretária de estado da Cultura que fui, sou uma incentivadora permanente das suas iniciativas e causas. É muito gratificante manter e valorizar essa ligação, podendo ser interlocutora da comunidade judaica no legislativo municipal”.
Fernanda Barth (PSC), que preside a Frente Parlamentar Brasil-Israel no Legislativo, ressaltou que as conquistas do Estado deveriam servir como exemplo de nação. “A construção de pontes, as raízes da democracia em uma terra antes dominada por ditaduras e califados. A defesa de leis e regras que contemplam homens e mulheres de igual forma, o que chamo de verdadeiro empoderamento feminino, inclusive com serviço militar feminino. São exemplos para o mundo”, exaltou. Fernanda concluiu dizendo que se sente muito feliz pelo número de parlamentares que apoiam o Estado de Israel. “Celebrar este aniversário de 74 anos é celebrar valores e princípios. É celebrar cultura e tradição. Enfim, celebrar a verdadeira democracia é um bastião da liberdade no mundo”.
Representando a comunidade judaica, o vice-cônsul de Israel, Aviel Avraham, agradeceu a solenidade e destacou a relevância de se poder falar da independência do estado de Israel no legislativo municipal. Ele também ressaltou as atrocidades cometidas contra os os judeus, pelos nazistas, durante o holocausto na Segunda Guerra Mundial. “Até a quinta-feira desta semana, marcamos os principais dias da história do Estado de Israel. Começando pela última quinta-feira, em 28 de abril, quando temos o Dia de Lembrança do holocausto (Yom HaShoá). O dia em que recordamos as atrocidades cometidas contra o povo judeu durante a Segunda Guerra, sobretudo naqueles estados colocados sobre jugo nazista.”
O cônsul lembrou que os crimes cometidos durante a guerra fizeram com que o povo, já sem lar, se dispersasse ainda mais pelo mundo. Segundo Avraham, mesmo após a guerra, os israelenses refugiados enfrentavam resistência por seus vizinhos, inclusive na cidade de Porto Alegre. Ele ressaltou que a semana em que se comemora a independência do estado de Israel é também uma data de reflexão e de homenagem aos seus irmãos que morreram no holocausto ou ao longo dos anos, em guerras, defendendo seu país.
História
O Estado de Israel foi fundado oficialmente em 14 de maio de 1948, após resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), então presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha. O processo de independência do país foi liderado por David Ben-Gurion, à época eleito primeiro-ministro. Localizado no Oriente Médio, ao longo da costa oriental do Mar Mediterrâneo, o país faz fronteira com Líbano, Síria, Jordânia e Cisjordânia, Egito e Faixa de Gaza. A Capital política é Jerusalém, mas o centro financeiro de Israel é Telaviv. A população israelense, conforme definido pelo Escritório Central de Estatísticas de Israel, foi estimada em 2019 em 9 milhões de pessoas, das quais 6,7 milhões judias. Os árabes formam a segunda maior etnia do país, com 1,9 milhão de pessoas.