PLENÁRIO

Câmara ganha Frente Brasil-Líbano

  • Sessão Ordinária hibrida. Na foto, vereador Alexandre Bobadra.
    Vereador Alexandre Bobadra (PSL) (Foto: Jeannifer Machado/CMPA)
  • Período de Comunicações em homenagem à independência do Líbano.
    Os 75 anos da Independência do Líbano foram comemorados na Câmara em 2018 (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

Os vereadores aprovaram, por unanimidade, na madrugada desta quinta-feira (15/7) requerimento de formação da Frente Parlamentar Brasil-Libano. A proposta foi apresentada pelo vereador Alexandre Bobadra (PSL).  O objetivo dela, segundo o autor, é estreitar as relações com a comunidade libanesa e promover a mútua cooperação em projetos de interesse político, econômico, cultural, científico e tecnológico. Bobadra lembra que a comunidade libanesa do Brasil é maior do que a população do próprio Líbano, já que, estima-se que há quase 10 milhões de libaneses ou descendentes de libaneses morando no país, enquanto que naquele país do Oriente Médio vivem apenas 3,5 milhões de pessoas. Este ano, recorda, faz 141 anos que se iniciou, oficialmente, a imigração árabe para o território brasileiro. A primeira leva de libaneses cristão, que chegou em 1880, fugia do Império Turco-Otomano de maioria muçulamana e que dominava boa parte daquela região do planeta.  Estes imigrantes, como chegavam com passaporte otomano, acabaram sendo chamados de turco, denominação errônea que se tornou comum inclusive com relação a outros povos de origem árabe. Como com o fim do império otomano e a partilha de seus territórios o Líbano ficou com a França, Beirute, a Capital, informa, passou a ser chamada de Paris do Oriente, uma cidade cosmopolita e sofisticada. Apenas em 1943 o Líbano se tornou um país independente e, em 1948, passou a receber palestinos expulsos de seus territórios para a criação do estado de Israel. O vereador afirma que, embora desde a fundação da nação havia sido feito um pacto pelo qual o presidente do país seria sempre um cristão maronita, o primeiro-ministro um muçulmano sunita e o presidente da Câmara dos Deputados um muçulmano xiita, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tentou tomar o poder, com o apoio da população islâmica, o que teria dado início à guerra civil. Ele entende que é preciso ampliar e fortalecer a, em sua opinião, já consolidada amizade entre o Líbano e povo gaúcho e porto-alegrense e aumentar o diálogo com o governo daquele pais e sua comunidade, aqui, em Porto Alegre, de modo a que se promova um intercâmbio produtivo de experiências, programas e políticas públicas que possam auxiliar no desenvolvimento e na prosperidade da Capital.

Texto

Joel Ferreira (Reg. Prof. 6098)