Câmara homenageia a Associação Cultural e Social Vila Nova
Jovens atendidos na Associação acompanharam pronunciamentos no Plenário Otávio Rocha (Foto: Ederson Nunes/CMPA) Vereadores Reginaldo Pujol e Cláudia Araujo com Lucas Duarte (centro) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
A Câmara Municipal de Porto Alegre dedicou seu período destinado às Comunicações, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (4/11), para homenagear a Associação Cultural e Social Vila Nova. Proponente da homenagem, a vereadora Cláudia Araújo (PSD) entregou ao presidente da entidade, Lucas Duarte, um diploma da Câmara em reconhecimento ao caráter social da Associação. Localizada na Estrada João Salomoni, a Vila Nova, fundada em novembro de 2015 e constituída em 2017, reivindica que possa continuar utilizando o Centro de Eventos Ervino Besson para o desenvolvimento de suas atividades.
Em seu discurso na tribuna, Cláudia Araújo disse ter grande identificação com a instituição. Segundo ela, as atividades realizadas pela entidade contribuem para a construção de uma sociedade melhor, promovendo o desenvolvimento de crianças e adolescente através de projetos de educação, cultura, esporte e sustentabilidade. "Os mentores deste projeto buscam legalizar este espaço junto à prefeitura, o que não foi possível ainda devido à grande burocracia enfrentada." Lembrou que a Associação ajuda as crianças carentes com oferta de reforço escolar. "É necessário mais ajuda de governantes para as crianças que buscam um futuro melhor através do esporte. A prefeitura deve disponiblizar o espaço do Centro de Eventos, que não precisa ser exclusivo para a entidade."
Ao agradecer a homenagem, o presidente da Associação, Lucas Duarte, lembrou que a entidade surgiu em função da Vila Nova ser um dos bairros mais violentos de Porto Alegre. "Sentimos a necessidade de constituir um projeto dentro do bairro para dar oportunidade à comunidade, com respeito à individualidade das crianças e o desenvolvimento da autoestima.
Segundo Lucas, todas as atividades oferecidas à comunidade são gratuitas, tais como oficinas, cursos e a Hora do Conto. "É um trabalho voluntário realizado por professores dentro do Centro de Eventos. São iniciativas que beneficiam a comunidade, mas ainda não estão regularizados dentro do Centro Ervino Besson."
Defendendo a regularização, Duarte lembrou que o Centro de Eventos, antes, era aberto apenas em novembro, em benefício do sindicato rural local. "Hoje está aberto de segunda a sábado para toda a comunidade."
Compartilhamento
Cassio Trogildo (PTB) afirmou que o espaço ocupado pela Associação, no Centro de Eventos, pode ser regularizado, desde que não seja espaço um exclusivo da entidade. Lembrou que já existe uma estrutura lá colocada para realizar a Festa do Pêssego, mas pode abrigar outras atividades. "È preciso compatibilizar o uso do espaço e abarcar este projeto social importante, que trabalha com crianças e voluntariado e precisa ser mantido."
Moisés Barboza (PSDB) parabenizou o trabalho voluntário desenvolvido pela Associação. Disse conhecer as dificuldades enfrentadas pela entidade e defendeu o compartilhamento do uso do espaço, "que deve ser aberto à comunidade".
Engenheiro Comassetto (PT) lembrou a história da construção do Centro de Eventos Ervino Besson, que envolveu a gravação de recursos no Orçamento do Município. Segundo ele, no último ano da Administração Popular foi comprada uma área para as obras. "Agora é o momento de se retomar aquele espaço para que ele seja de toda a comunidade."
Paulinho Motorista (PSB) defendeu que o espaço continue a ser utilizado por todos e elogiou o projeto desenvolvido pela Associação Vila Nova, "que retira muitos jovens e crianças das ruas". O vereador entende que o Centro de Eventos pode abrigar tanto a Festa do Pêssego quanto as atividades da Associação Vila Nova.