Câmara homenageia Congregação das Irmãs Franciscanas
Na tarde desta terça-feira (08/08), a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou Sessão Solene em homenagem à Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida. A cerimônia aconteceu no Plenário Otávio Rocha e a proponente foi a vereadora Mônica Leal (PP).
A proponente relembrou o momento em que conheceu a Congregação, a trajetória das irmãs e disse estar honrada de propor uma homenagem tão merecedora. "Quando conheci a Congregação Franciscana, eu fiquei muito impressionada e emocionada com a dedicação genuína que essas irmãs têm com a vida espiritual, mais do que isso, eu fiquei encantada em ver o poder que essa dedicação tem em transformar realidades. Muito me orgulha saber que hoje nós contamos com três instituições geridas pela Congregação e que oferecem um serviço de excelência a todas as nossas crianças", ressaltou.
A presidente da Associação Cruzeiras de São Francisco, irmã Iriete Ignez Lorenzetti, contou que a Escola Frei Pacífico é uma instituição para surdos, que atua juntamente à clínica. "Que sejamos todos nós e com os leigos que nos acompanham, pessoas que levam adiante este vigor da gratidão, pois toda a pessoa que vive a caridade é agradecida. Essa capacidade de acolhida e de inclusão, quem acolhe, inclui, e só inclui quem realmente se sentiu incluído no coração e na mente das pessoas com as quais convive e trabalha”, exaltou.
A irmã Irinete agradeceu a homenagem e destacou a importância de se fazer políticas públicas com um olhar diretamente para a educação em primeiro lugar. “Ninguém educa sozinho, nós precisamos dessa parceria com a sociedade civil, com o município, com o Estado, para que sejamos um país melhor e mais comprometido”, concluiu.
Histórico
A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida é de fundação brasileira, rio-grandense. Os fundadores assumiram como data da fundação o dia da primeira missa, em 24 de junho de 1928. Esta celebração ocorreu neste dia em homenagem ao arcebispo Dom João Becker, na sua festa onomástica. Era também para marcar o início da vida comunitária do grupo de cinco moças que se reuniram para iniciar a preparação para a vida religiosa. Eram terciárias franciscanas, tinham o intuito de viver a vida religiosa no espírito de São Francisco de Assis numa forma diferente das que haviam no Estado, até então, todas oriundas de outros países. Residiam na rua 1º de março, no Centro de Porto Alegre e, enquanto houvesse andamento das providências canônicas, dirigiriam um pensionato para moças do interior, estudantes ou funcionárias.
Foi desejo explícito dos fundadores que as irmãs se dediquem, em sua ação apostólica, ao atendimento das pessoas e das classes mais abandonadas, os surdos, mudos, doentes rejeitados em toda parte. A Congregação vem tentando desempenhar-se, desde a vida dos fundadores, atendendo solicitações provindas de toda parte e o faz atuando em hospitais, em pensionato para estudantes e funcionárias do interior do Estado, em escola e clínica para recuperação de surdos, em internato para meninas órfãs ou desprovidas do necessário ambiente familiar, em escolas de primeiro grau localizadas em bairros ou cidades do interior, na pastoral em lugares onde não há sacerdotes residentes, no interior das dioceses, e em paróquias diversas, em seminários diocesanos e de religiosos, em regiões consideradas de missão em prelazias no norte do país.