Sessão Solene

Câmara homenageia os 60 anos do Movimento da Legalidade

  • Sessão Solene em homenagem à Legalidade. Na mesa, vereadores Pedro Ruas, Roberto Robaina, Matheus Gomes e Jonas Reis e a deputada federal Fernanda Melchionna.
    A partir da esquerda: Jonas Reis (PT), Fernanda Melchionna (PSOL), Pedro Ruas (PSOL), Roberto Robaina (PSOL) e Matheus Gomes (PSOL) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão Solene em homenagem à Legalidade. Em participação à distância, o jornalista e escritor Juremir Machado da Silva.
    Escritor Juremir Machado da Silva também participou da homenagem (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Em sessão solene realizada nesta terça-feira (24/8) à tarde, a Câmara Municipal homenageou os 60 anos do Movimento da Legalidade. A Campanha da Legalidade foi lançada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. A sessão foi presidida pelo proponente da homenagem, vereador Pedro Ruas (PSOL), e contou com as presenças da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL), do escritor Juremir Machado da Silva, dos vereadores Roberto Robaina (PSOL), Matheus Gomes (PSOL) e Jonas Reis( PT) e da vereadora Daiana Santos (PCdoB).

Na abertura da sessão, Ruas comentou que é fundamental refletir sobre esse tema nesta semana em que se comemoram os 60 anos de um fato histórico tão relevante para a nossa sociedade como o Movimento da Legalidade. “Eu tive a honra de conviver com Leonel Brizola e saber de detalhes desse movimento, que foi um ato de organização, mobilização e unidade que levantou o Brasil.” Na oportunidade, o vereador informou também que fará um projeto de lei para que seja feita uma sessão solene anual, no Legislativo municipal, para homenagear o Movimento da Legalidade na Capital.

Autor do livro “Vozes da Legalidade”, que conta sobre esse período da história do país, o escritor e jornalista Juremir Machado da Silva destacou que o ponto que mais chama a sua atenção não foi somente o destaque do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, que comandou a resistência ao golpe contra Jango. Juremir lembra que Brizola requisitou a Rádio Guaíba, formou a Rede da Legalidade, distribuiu armas, mobilizou a população e, com discursos inflamados, garantiu a volta de Jango da China. O professor destaca que os deputados federais defendiam o parlamentarismo como forma de democracia, mas que a proposta acabou se tornando um golpe dos parlamentares. “O Legalismo foi um movimento de união, mas também de golpe dos parlamentaristas.”

Texto

Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:golpeparlamentarismoLeonel BrizolaMovimento da Legalidade