Saúde

Câmara instala Frente Parlamentar para Prevenção da Prematuridade

o da Frente Parlamentar da Prematuridade, proposta pelo Vereador Mendes Ribeiro com suporte da Dra. Denise Suguitani.
Vereador Mendes Ribeiro (MDB) e Denise Suguitani (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Com o objetivo de buscar políticas públicas para a prevenção da prematuridade na Capital, a Câmara de Porto Alegre instalou, nesta sexta-feira (28/6), a Frente Parlamentar sobre o tema, proposta pelo vereador Mendes Ribeiro (MDB). Segundo o vereador, em 2018 houve 12,26% de nascimentos por prematuridade em Porto Alegre, maior que a média do Brasil.

Conforme o vereador, o Legislativo vai promover discussões e promover ações para a redução da prematuridade através da prevenção. “É a primeira vez que a Câmara debate este tema. São causas que nos movem. Esse é um problema que envolve toda a família e devemos buscar o tratamento adequado para se reduzir esse percentual na nossa capital”, ressalta o vereador.

Segundo a fundadora e diretora executiva da Associação Brasileira de Pais de Bebês Prematuros - ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani, a cada dez bebês nascidos em Porto Alegre, 1,6 são prematuros, e a prevenção no pré-natal é fundamental. “Devemos estimular a extensão da licença-  maternidade para as mães de prematuros e evitar os danos. E ainda buscar maior capacitação e humanização dos profissionais que atuam nessa área.”

Parto Prematuro

Quando se está grávida e não há histórico de parto prematuro (antes de 37 semanas de gestação) nem fatores de risco associados, não se quer ouvir falar sobre o assunto. Acontece que nem sempre a prematuridade dá sinais de que vai acontecer, e ainda não se conhecem todas as causas que levam ao parto prematuro; em muitos casos, não se consegue associá-la a uma causa específica. No Brasil, a taxa de partos antecipados é de 12,4%, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde (2014). Somos o décimo país no ranking da prematuridade, perdendo apenas para países como Ìndia, China, Nigéria e Paquistão, é o que revela o relatório do estudo Born Too Soon, realizado pela ONG americana March of Dimes.

Entre as principais causas de parto prematuro estão: bolsa rota/ruptura prematura de membrana (rupreme ou roprema); hipertensão crônica; pré-eclâmpsia; Síndrome de Hellp; insuficiência istmo-cervical. Para prevenir o parto prematuro, algumas medidas simples podem evitar que o bebê nasça antes do tempo. A mulher deve conversar com seu ginecologista e obstetra antes mesmo de engravidar. O médico poderá dar conselhos muito úteis para que ela inicie a gravidez de maneira saudável e evite um parto antes da hora. Assim que o resultado der positivo, a mulher grávida deve avisar o seu médico imediatamente, pois quanto antes o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto. Também é importante que a mulher revele ao médico o seu histórico de saúde, relatando doenças crônicas e reações alérgicas que ela já apresentou, história familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê e tentando lembrar dos mínimos detalhes, pois eles podem ser importantes. É fundamental que as gestantes sigam rigorosamente as consultas e exames do pré-natal.

Também participaram da instalação da Frente Parlamentar o vereador André Carús (MDB) e representantes da Academia Riograndense de Medicina, do Conselho de Medicina do RS, Sindicato Médico do RS (Simers), Sindicato dos Enfermeiros, Universidade Federal de Saúde Médica e Hospital Santa Casa.

Texto

Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:bebêsgravidezprematurosprematuridadeFrente Parlamentar