Câmara Municipal destaca os 65 anos da Escola Emílio Meyer
Estabelecimento luta pela permanência do ensino médio
![Período de Comunicações em homenagem à Escola Municipal Emílio Meyer.](https://www.camarapoa.rs.gov.br/banco_de_imagens/imagens/46410/grande/EDE_8364.jpg?1560798031)
Com as galerias do Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre repletas de cartazes com textos como Nenhuma Escola a Menos; Fica Ensino Médio; e Educação Não Se Negocia, ocorreu, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (17/6), a entrega do diploma em homenagem aos 65 anos da Escola Municipal de Ensino Médio (Emed) Emílio Meyer. Proposta pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT) e conduzida pelo presidente em exercício, vereador Mendes Ribeiro (MDB), a cerimônia contou com a presença de representantes, professores, funcionários, alunos e ex-alunos da instituição.
“As sessões plenárias funcionam três vezes por semana, mas há tardes que, como essa, a Câmara parece fazer mais sentido”, expressou Sgarbossa ao pronunciar seu reconhecimento pela luta e a trajetória da Emed. Na oportunidade, ele narrou sobre o nascimento da instituição, contou sua origem na década de 1950, quando o então prefeito de Porto Alegre, Leonel Brizola, deu a ela o nome de Emílio Meyer em reverência ao reconhecido educador do RS. Lamentou que, junto da homenagem, estivesse a preocupação em relação ao ofício encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) sobre a extinção do ensino médio na escola. “Além de a Emílio conseguir receber alunos de todas as áreas da cidade, ela tem o diferencial da inclusão”, afirmou Sgarbossa ao destacar: “Estamos juntos nessa luta”.
A diretora da Emed, Deliamaris Fraga Acunha, iniciou seus agradecimento recitando a música Como La Cigala, conhecida na voz de Mercedes Sosa. “Foi em vocês que busquei inspiração na interpretação de Mercedes”, disse Deliamaris. A profissional refletiu sobre a celebração e relatou o empenho de todos “em tempos de tantas perdas”. Narrou o funcionamento da escola, nos três turnos, com cinco turmas de educação infantil; nove de ensino fundamental; nove de ensino médio à tarde e outras sete à noite; e uma turma do curso normal à tarde e mais 10 à noite. Salientou a localização da escola, no bairro Medianeira, por ser uma região de fácil acesso. Sem contar o relato das atividades complementares de: cerâmica, desenho, música e robótica. “Viva os estudantes da nossa escola”, saudou Deliamaris.
Vereadores
Roberto Robaina (PSol) parabenizou a instituição e corroborou a ideia de Sgarbossa acerca da utilidade para a Casa Legislativa ao elogiar uma instituição de ensino. No momento, Robaina lembrou a homenagem prestada à Emeb Liberato Salzano que, segundo ele "está sofrendo o mesmo problema da Emílio". “É inacreditável e uma vergonha que haja o fechamento de escolas”, destacou. “Parece que o prefeito Marchezan odeia aquilo que funciona, que está certo, que é público e que tem perspectiva de futuro”, lamentou. Durante a sua fala, Robaina observou que os discursos dentro da Câmara não serão o impedimento para que as matrículas não sejam cortadas. “Precisamos que a comunidade chame a imprensa e lute por isso”, finalizou.
Aldacir Oliboni (PT) disse que existem governos que têm um tratamento próximo do povo e outros que promovem a desigualdade. “Digo isto, porque promover a desigualdade é não dar espaço ou não manter o que é público”, salientou Oliboni. Na tribuna, o vereador definiu a possibilidade do cancelamento de novas vagas no ensino médio como “um soco no estômago dos porto-alegrenses”. Por isso, “a indignação de vocês, é nossa”, disse.
Cerâmica
Durante as manifestações no plenário, trabalhos de cerâmica dos estudantes da Emílio, foram expostos no saguão de entrada do Plenário Otávio Rocha.