Capital gaúcha ganha centro de atendimento a autistas
Os vereadores aprovaram, na tarde desta segunda-feira (9/05), projeto que cria, na capital gaúcha, um Centro Municipal de Diagnóstico Médico do Transtorno do Espectro Autista. Apenas a vereadora Mariana Pimentel (NOVO) e o vereador Felipe Camozzato (NOVO) votaram contra. A proposta foi apresentada pelo vereador Claudio Janta (SD). O novo lugar vai ser um instrumento, nas palavras do vereador, de apoio e defesa dos familiares invisíveis deste tipo de transtorno. Ele explica que, por falta de atendimento especializado, pais, mães e cuidadores não conseguem sequer descobrir o que seus filhos têm, quanto mais acesso a todos os diferentes tipos de profissionais que poderiam ajudar estas crianças a se desenvolverem até o ponto em que são capazes. Estamos falando da diferença entre conseguir ou não sequer falar. A ideia é que, com o novo centro, não só seja possível fazer o dignóstico precoce, como oferecer toda a infraestrutura e os profissionais necessários ao alcance da máxima capacidade de cada um. O autismo é um grupo de alterações no desenvolvimento do cérebro que prejudica a evolução do aprendizado da criança como um todo. São comprometidos, em especial, a comunicação, tanto com palavras quanto com gestos ou expressões e a capacidade de se relacionar social e emocionalmente com as outras pessoas. Até o olhar nos olhos de outras pessoas e com isto estabelecer algum tipo de contato com os outros, para eles, é difícil. Os autistas, em geral, parecem viver isolados, num mundo só deles e costumam ter uma sensibilidade exagerada, ao barulho, por exemplo. Também têm interesses e repetem uma quantidade de movimentos muito restritos e intensos. Possuem, ainda, uma espécie de aversão ao toque e qualquer mudança de rotina ou situações novas e inesperadas podem provocar lhes muita ansiedade, medo, irritação e até um desespero por voltarem, o mais rápido possível, ao que já conhecem, à repetição.