Capital vai ter de detectar autismo até os três anos
Os vereadores aprovaram projeto que torna obrigatório o uso de dois métodos para a detecção de sintomas do Transtorno do Espectro Autisa (TEA) nas crianças de até três anos que nascerem nas maternidades públicas do município. A proposta foi apresentada pelo vereador Aldacir Oliboni (PT). Um dos métodos analisa 31 indicadores e é feito quando a criança tem um ano e meio. Já o outro, consiste de 23 perguntas e uma entrevista feita com os cuidadores de crianças de um ano e meio a três anos. Àquelas cujo teste identificar risco alto para a enfermidade fica garantido o acompanhamento de uma equipe composta por pediatra, psiquiatra, neurologista, psicologo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta das redes municipais de saúde e educação. O projeto também assegura que os pacientes de famílias que ganhem até três salários mínimos recebam gratuitamente o medicamento que for receitado. O autismo é um grupo de alterações no desenvolvimento do cérebro que prejudica a evolução do aprendizado da criança como um todo. São comprometidos, em especial, a comunicação, tanto com palavras quanto com gestos ou expressões e a capacidade de se relacionar social e emocionalmente . Até o olhar nos olhos de outras pessoas e com isto estabelecer algum tipo de contato, para eles, é difícil. Os autistas, em geral, parecem viver isolados, num mundo só deles, e costumam ter uma sensibilidade exagerada, ao barulho, por exemplo. Também têm interesses muito restritos e fazem movimentos repetitivos e intensos. Possuem, ainda, uma espécie de aversão ao toque, e qualquer mudança de rotina ou situações novas e inesperadas podem provocar-lhes muita ansiedade, medo, irritação e até um desespero por voltarem, o mais rápido possível, ao que já conhecem, à repetição.