Capital vai ter política contra o câncer infantil
Os vereadores aprovaram, por unanimidade, na tarde desta quinta-feira (18/11), durante sessão extraordinária, projeto que cria uma política de atenção ao câncer infantil em Porto Alegre. A proposta foi apresentada pela vereadora Comandante Nádia (DEM). A intenção é aumentar os índices de cura e a melhoria da qualidade de vida das crianças por meio de ações de prevenção, descoberta precoce, tratamento, diminuição do sofrimento e apoio às famílias que ganhem menos ou tenham mais dificuldade de conseguir os medicamentos ou de chegar às clínicas e aos hospitais. Vão ter direito a este atendimento especial crianças e adolescentes de até 19 anos. A proposição prevê que os centros de alta complexidade, que funcionam, em geral, em hospitais de referência, devem confirmar ou não se a pessoa que foi encaminhada a eles, tem, mesmo, a doença e, em caso positivo, iniciar, imediatamente, o tratamento. Este ficaria a cargo do próprio centro ou de outra estrutura a ser indicada pela secretaria municipal da saúde. Mesmo depois de já ter saído do hospital, as crianças e adolescentes vão ser, automaticamente, encaminhados para os serviços de que necessitem, sem a necessidade de passarem por uma nova consulta. O governo fica, também, obrigado a garantir que os pacientes mais graves sejam atendidos primeiro e os profissionais que atuam no setor possam trocar informações entre si e consultarem uns aos outros por meio de aplicativos ou videochamadas. Precisa, ainda, registrar em, no máximo, dois anos, todas as informações sobre o atendimento prestado em cada hospital, para que se possa avaliar a qualidade do tratamento que se está oferecendo. O mesmo tem que ser feito, dentro do mesmo prazo, com relação ao número de casos novos, sua distribuição e tendência de evolução entre os moradores de determinada área, para que se possa saber até que ponto os programas de prevenção e controle do câncer na região estão dando certo. A vereadora explica que, como o câncer é a primeira causa de morte por doença, em crianças e adolescentes desta idade, é preciso que o município dê uma atenção diferenciada ao assunto. Por isto, entende, o governo tem que fazer de tudo para que a doença seja descoberta e o tratamento iniciado o mais rápido possível e que as crianças que dela sofrem não abandonem o tratamento, vivam o máximo possível e morram em cada vez menor número. O projeto foi aprovado com a emenda nº 1, da própria autora.