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Carnaval e cultura pautam reunião da Cece

'Carnaval' e 'Cultura no orçamento de 2022 e as emendas impositivas'
Secretário Gunter Axt disse que governo busca parcerias para o Carnaval 2022 (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Educação, Esporte, Cultura e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, na manhã desta terça-feira (16/11), reunião para tratar sobre o Carnaval e também sobre o Orçamento municipal de 2022 e as emendas impositivas para a cultura. A vereadora Daiana Santos (PCdoB) presidiu o encontro, destacando a importância do município envolver a Cece em reuniões sobre esses temas. "Precisamos acolher as demandas e organizar para encaminhar, com o conjunto de prazos e informações mais objetivas, para dar conta de um tema que já está logo ali", explicou. Daiana destacou que é um tema que mobiliza muita gente e há uma verdadeira necessidade desse olhar específico. 

 

O secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, iniciou sua participação compartilhando informações sobre o que está sendo realizado pelo Executivo. "Nosso desafio é maior. Não só para garantir o carnaval de 2022, pois é preciso construir algo sob uma situação de escombros, como foi recebida. Justamente por isso, entendo como absolutamente fundamental que o poder público destine recursos para investimento direto no carnaval. Somente com recursos privados, não é possível agora, é uma construção para médio e longo prazo", explicou.

 

Gunter comentou ainda que o secretário adjunto, Clóvis André, está atuando em uma proposta em parceria com um produtor independente que pretende viabilizar o carnaval por meio de fomentos. "Também há duas outras iniciativas caminhando juntas: o secretário Cássio Trogildo nos aproximou de uma empresa de São Paulo que teria interesse em uma adoção temporária da pista do Porto Seco, transformando o espaço em um centro de eventos, realizando o Carnaval e outras atividades nos próximos dois anos. Além disso, junto com o Funproarte, montamos uma proposta de edital destinado a subsidiar os desfiles das escolas de samba. Com isso, as escolas poderão captar recursos diretos para o desenvolvimento dos desfiles", explicou. Ainda sobre o carnaval de rua e o carnaval comunitário, informou que está esperando um projeto que está sendo desenvolvido para avaliação. "Temos que ter uma política estruturante para os eventos de periferia. Acredito que, com o tempo, esses eventos consigam parceiros e uma autonomia na captação. Mas é preciso que exista uma política pública clara e direcionada para esse setor", finalizou.

 

O secretário adjunto, Clóvis André, reiterou que tudo que está sendo desenhado é fruto de construção e de diálogo de muitos envolvidos. "Temos que ter transparência para que possamos juntos encontrar soluções. É verdade que as coisas demoram, mas aos poucos estamos resgatando o carnaval. Fazer política pública não é organizar um evento, sabemos das dificuldades estruturantes", explicou. Relembrou do rompimento do carnaval na última gestão e que há um avanço significativo no que diz respeito à infraestrutura. "Temos que afinar o samba, e isso acontece quando temos olho no olho e vontade de avançar", salientou.

 

A vereadora Karen Santos (PSOL) destacou a importância de debater as emendas impositivas para a cultura, que tem encontrado dificuldades há dois anos. "Minhas emendas ainda não foram liberadas, sendo que os projetos deveriam ser executadas ao longo do ano. Sei que tem questões com a PGM, mas temos que considerar que esse é um segmento que está sendo muito prejudicado. Existe cultura no município o ano inteiro. Temos que ter atenção para não perder recursos e prazos", alertou.

Texto

Grazielle Araujo (reg. prof. 12855)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:emendas impositivascarnaval