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CECE cobra contratação de professores para escolas municipais

Reunião de comissão sobre a falta de professores e servidores nas escolas da rede municipal
Reunião de comissão sobre a falta de professores e servidores nas escolas da rede municipal (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Em reunião na tarde desta terça-feira (29/11), na Câmara Municipal de Porto Alegre, a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (CECE) tratou da falta de professores e servidores nas escolas da rede municipal. A pauta foi sugerida pelo vereador Jonas Reis (PT), que conduziu o encontro.

 

Jonas destacou que a falta de um banco de reservas para servidores públicos no município de Porto Alegre gera um déficit de profissionais. “Tu vai ter problema. Em um universo de 99 escolas, vai ter sempre pessoas saindo, que vão se aposentar, pessoas que vão ficar um período fora, por questões de saúde, de licenças, que são legítimas, inclusive as mulheres gestantes. Isso tem que entrar na programação”, frisou o vereador.

 

A Diretora Geral da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (TEMPA), Isabel Medeiros, afirmou que a pauta sobre o déficit de professores e funcionários no sistema de educação municipal é recorrente e ainda sem solução. “Ela vem piorando bastante nos últimos anos”, ressaltou. 

 

“Há disciplinas, em algumas escolas, que estão com falta de professores por um longo período. Então, mesmo que estes estudantes não estejam sendo mandados para casa, a disciplina, matemática, Língua Portuguesa, está sendo provida por um outro conteúdo, que não o conteúdo dessas disciplinas”, disse Isabel. Outro caso abordado por ela foi a demanda não suprida de professores de integração e inclusão escolar, além de monitores. A necessidade de que os contratos temporários de professores estejam de acordo com o calendário escolar também foi um dos apontamentos de Isabel.  

 

A coordenadora de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Educação (SMED), Cleusa Leppa, disse que dois concursos foram homologados no início de 2022, e que, a partir daí, a Secretaria começou a fazer a nomeação dos cargos e substituir professores temporários por concursados. De acordo com ela, o número de inscritos nos concursos foi baixo, o que levou ao déficit atual de professores na rede, e que explica a contratação de mais professores temporários. Segundo Cleusa, a previsão é de que a partir de 2023 não sejam mais contratados profissionais temporários.

 

Como encaminhamento da reunião, ficou marcado para os próximos 15 dias que a SMED traga à Comissão o diagnóstico pedagógico e o planejamento de RH. Além da proposta de remanejo de professores, a fim de evitar um déficit de educadores para 2023.

Texto

Josué Garcia (Estagiário de Jornalismo)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)