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Cece discute sobre obras nas escolas atingidas pelas enchentes

CECE
Reunião aconteceu de forma virtual

Na reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre desta terça-feira (25/06) foi debatida a reconstrução das escolas, a retomada do calendário na rede municipal de ensino e o impacto psicoemocional dos servidores das escolas atingidas pelas enchentes. A pauta foi proposta e conduzida pelo vereador Jonas Reis (PT). Discutiu-se sobre a situação da estrutura das escolas da rede municipal, prazos para sua recuperação e medidas para auxílio psicológico dos servidores e das comunidades das escolas.

O proponente questionou sobre o projeto realizado em parceria com a Ambev para a reforma da Escola Municipal Liberato Salzano, o prazo para retomada das escolas do Bairro Sarandi e a origem dos recursos que estão sendo investidos. Criticou a ausência do secretário de Educação e apontou a preocupação com o processo de aprendizagem dos alunos que estão sem acesso às escolas neste momento. "Precisamos combinar o calendário de obras com o calendário pedagógico", cobrou.

O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, contou sobre as ações da Prefeitura para reformar e recuperar as escolas afetadas pelas enchentes. Já foram contratadas empresas terceirizadas para realizar o levantamento dos danos e projetar a recuperação. "Onde encontramos mais dificuldades de retomar as escolas é na Ilha da Pintada. Mas, nas demais, todas já se iniciou, de alguma forma, obras de reparo", afirmou. Segundo o secretário, todos os órgãos do município estão mobilizados para retomar as atividades da cidade. "Temos tratado como uma prioridade a retomada das escolas", garantiu e disse que o prazo para recuperação das escolas depende do grau de danos sofridos por cada uma. Sobre a Escola Municipal Liberato Salzano, a maior da Capital, o titular da pasta informou que a empresa Ambev se responsabilizou pelo pagamento e execução das obras, sem exigir contrapartidas da Prefeitura.

A representante da Associação dos Trabalhadores/as em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), Luciane Congo, falou sobre o trabalho da entidade, que está visitando e avaliando a situação das diversas escolas da rede municipal. Questionou por mais detalhes sobre as escolas dos principais bairros afetados, como o Sarandi, Humaitá e São Geraldo. "Queremos mais nitidez sobre a situação, para devolver as escolas à comunidade. Também queremos saber sobre as alternativas e perspectivas", disse.

A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Cindi Sandri, apontou os desafios que as famílias estão passando para se adaptar ao fechamento da rede municipal de ensino, e os problemas históricos da rede, tanto nas estruturas, quanto nas condições de trabalho dos servidores. "Nós estamos vendo aqui que não há um calendário de solução para cada uma dessas situações, seja das escolas que foram atingidas pelas enchentes, seja as que foram potencializadas por elas, porque já tinham estruturas precárias", criticou. Por fim, também questionou sobre as medidas da Prefeitura para dirimir os danos à saúde mental dos servidores.

Texto

Theo Pagot (estagiário de Jornalismo)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)