Cece

Obras da Escola Pedro Américo devem ser concluídas neste ano

Cece discutiu situação de escolas  Foto: Elson Sempé Pedroso
Cece discutiu situação de escolas Foto: Elson Sempé Pedroso

A Comissão de Educação, Cultura e Esportes discutiu nesta terça-feira (04/04) as obras que estão sendo realizadas na Escola Estadual Pedro Américo e a ampliação de vagas na Escola Estadual General Neto, ambas situadas no Bairro Restinga.

O diretor da Escola Pedro Américo disse que as obras, iniciadas em fevereiro deste ano, estão aparentemente paradas, mas que tem informações do engenheiro responsável que um novo projeto, adequando-se aos custos, está sendo elaborado e que a conclusão está prevista para 300 dias. Enquanto isso, os alunos da escola continuarão estudando em contêineres. A vice-diretora da mesma escola, Ana Lúcia Pereira, salientou que tem chovido dentro das salas.

A representante da SEC, Cleci Jurach, lembrou que o prédio onde estava instalada a escola não oferecia mais condições, sendo necessária a construção de um prédio novo, mas que as dificuldades financeiras do governo forçaram o adiamento do seu início. Acrescentou que as obras, desde que foram iniciadas, estão sendo executadas num ritmo satisfatório. Salientou que os alunos estão estudando em contêineres provisoriamente porque não foi encontrado na região nenhum espaço adequado. Disse que estão sendo buscadas formas para atenuar os efeitos do calor, no dias quentes, e do frio, no inverno que se aproxima.  Nesta quarta-feira (05/04), uma equipe de técnicos da SEC visitará as obras para verificar as necessidades dos alunos e professores. Também a Cece percorrerá as escolas no dia 11 de abril. A escola terá três andares e deve ficar pronta até o final de 2006.

A vereadora Sofia Cavedon (PT) lamentou “o estado de miserabilidade da educação, onde as crianças precisam estudar em contêineres e ainda enfrentam problemas com vazamento”. O vereador Sebastião Melo (PMDB) disse que a obrigação dos vereadores é de fiscalizar, mas lembrou que nunca a educação foi colocada como prioridade. “Por isso, há muitas demandas e faltam recursos”, acrescentou. A presidente da Cece, Manuela d’Ávila (PCdoB), disse que a comissão encaminhará ofício à SEC e à Secretaria de Obras pedindo informações sobre a confirmação da entrega da obra.

General Neto

A direção da Escola Estadual General Neto, também situada na Zona Sul da Capital, Laura da Fonseca Garcia, esteve na Cece solicitando uma solução urgente para aquela instituição, que está com uma demanda superior à sua capacidade. A representante da SEC, Cleci Jurach, esclareceu que em Porto Alegre existem 250 escolas estaduais, com uma demanda sempre crescente de 200 mil alunos, que envolvem 10.300 professores e 2.400 funcionários. Afirmou que a procura por vagas na Escola General Neto passou a ser maior a partir de 2005 e que a SEC está estudando a construção de um prédio novo, mas que está havendo dificuldades de alugar um espaço provisório para que os alunos não fiquem sem aula. Sofia Cavedon disse que em Porto Alegre há escolas ociosas nas áreas centrais, enquanto que em outras regiões faltam vagas. Sugeriu a realização de um fórum para discutir as vagas. Sebastião Melo também manifestou-se favoravelmente a um encontro reunindo as Secretarias da Educação do Estado e da Capital para uma profunda discussão sobre o ensino em Porto Alegre.

Vítor Bley de Moraes (reg.prof. 5495)