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Cedecondh apura denúncias de famílias em Casas de Passagens

Comissão ouviu denúncias de famílias no bairro Navegantes Foto: Fernanda Westerhofer
Comissão ouviu denúncias de famílias no bairro Navegantes Foto: Fernanda Westerhofer

A presidente Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Maria Celeste (PT), averiguou na tarde desta terça-feira (10/4), denúncias encaminhadas por moradores das Casas de Passagens localizadas na Rua Frederico Mentz nº 857, no Bairro Navegantes. 

A comunidade relata maus tratos por parte de policiais militares aos jovens e animais, condições inadequadas de habitação em razão da falta de água, canalização de esgoto, acúmulo de lixo e a indefinição quanto ao reassentamento das famílias cadastradas no  Programa Integrado Entrada da Cidade (Piec), e que foram acomodadas temporariamente no local pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab) há mais de cinco anos. SegundoTeresinha Flores da Silva, que reside na Casa de Passagem há mais de quatro anos, a situação segue sem perspectivas, a exemplo das demais famílias remanescentes da Vila Tio Zeca.

A presidente de Cedecondh conversou com moradores e registrou as informações, que com as fotos tiradas no local servirão para atestar a necessidade de providências por parte do Executivo, "principalmente do Dmlu, DEP e Dmae". Além disso, a parlamentar orientou aos jovens da comunidade sobre a importância e oportunidade de participarem dos cursos oferecidos no Senac, através do programa Renda Mais, e também para a necessidade de que "lutem" por vagas nas escolas públicas de ensino médio, já que a comunidade apresenta crianças fora da escola.

No dia 24 de abril, às 14h30min, a comunidade estará representada na Câmara, em reunião agendada pela Cedecondh. Na oportunidade, a presidente irá pedir esclarecimentos e providências dos órgãos públicos, entre os quais a Brigada Militar, Demhab, Dmlu, Dep e Dmae. "Precisamos coibir as condições precárias da vida diária dessas famílias e o alto risco de vulnerabilidade social evidente nesta comunidade", observou Celeste. Para a vereadora, é necessário que "se compreenda melhor os aspectos que caracterizam a complexidade de determinados projetos urbanos, a fim de evitar transtornos às comunidades".

Angélica Sperinde(reg.prof.7862)