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CEDECONDH debate alterações nas eleições para conselheiro tutelar

Reunião de Comissão - Cedecondh - Pauta: Solicitação da Coordenação dos Conselhos Tutelares para acompanhamento do processo eleitoral de 2023​.
Projeto de Bins Ely foi um dos temas discutidos pela comissão nesta terça (Foto: Cristina Beck/CMPA)

A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH) da Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniu nesta terça-feira (7/3) para debater a solicitação da Coordenação dos Conselhos Tutelares para acompanhamento do processo eleitoral de 2023​.

O presidente da comissão, vereador Conselheiro Marcelo (PSDB), abriu a reunião pedindo lisura nas eleições ao CT. Ele também cobrou um maior número de urnas nos colégios eleitorais mais populosos.  

Os vereadores debateram sobre o projeto de lei de autoria do vereador Márcio Bins Ely (PDT) que propõe que os conselheiros que concorrem à reeleição fiquem isentos de fazer a prova que qualifica os candidatos a concorrer nas eleições. Seria necessária apenas a comprovação de experiência no cargo de no mínimo um ano. 

O coordenador dos conselheiros tutelares de Porto Alegre, Leandro Barbosa da Silva, disse concordar com o projeto apresentado por Bins Ely, mas que é necessária atenção ao processo. Ele lembrou que na última prova aplicada aos candidatos, de 80 questões, 15 foram anuladas. Segundo ele, as provas dificultam a entrada de conselheiros e desclassificam aqueles que já estão concorrendo à reeleição. “Nós perdemos bons conselheiros por causa da prova", disse.

Apesar de concordar com o projeto de lei, Silva apontou a necessidade de uma maior experiência por parte dos conselheiros. “Um ano é muito pouco, teriam que ter no mínimo dois anos”, afirmou, diferente do tempo de um ano proposto pelo vereador do PDT. 

O representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Porto Alegre (CMDCA), Paulo Meira, disse que os conselheiros tutelares são muitas vezes estigmatizados pela sociedade, e que há falta de comunicação entre Executivo e Judiciário e os conselheiros. Sobre as urnas, Meira destacou que na última eleição foram destinadas 236 urnas, divididas em 92 locais de votação, e que a pretensão para esse ano é de utilizar 250 urnas, privilegiando os locais com mais votantes. “Nós estamos trabalhando com a hipótese de, no mínimo, 250 urnas em 100 locais”, enfatizou.

Ao final da reunião, Conselheiro Marcelo disse que a Cedecondh está à disposição da pauta e que o intuito é fazer com que as eleições ocorram de forma limpa. "Estamos organizando aqui, não para atrapalhar, mas sim para ajudar”, afirmou.

Texto

Josué Garcia (Estagiário de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)