COMISSÕES

Cedecondh debate os desafios da nova gestão da FASC

Pauta: FASC: desafios da nova gestão.
Convidados: FASC, FOMTAS, COMAS, Coletivo PopRua/RS, CORES/SIMPA
Proponente: Ver. Matheus Gomes
Pauta: FASC: desafios da nova gestão. Convidados: FASC, FOMTAS, COMAS, Coletivo PopRua/RS, CORES/SIMPA Proponente: Ver. Matheus Gomes (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Na tarde desta terça-feira (13/09), a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) promoveu uma reunião para debater os desafios da nova gestão da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC). O proponente da reunião, vereador Matheus Gomes (PSOL), abriu o encontro, que tratou sobre o trabalho da FASC no atendimento à população de rua e sobre os repasses de recursos à Fundação. Também participaram da reunião os vereadores Kaká D’avila (PSDB), Cassiá Carpes (PP) e Alexandre Bobadra (PL). 

O presidente da FASC, André Flores Coronel, à frente da gestão da Fundação há 43 dias, apontou a complexidade de sua rede de prestação de serviços. “Se compararmos Porto Alegre com outras capitais do Brasil, ela tem um trabalho efetivo de políticas sociais. É uma política transversal, não é um fim em si mesmo, ela é intersetorial. Ela conversa com várias pastas da Prefeitura”, explanou. 

Coronel também falou sobre um projeto para aprovar um financiamento junto ao Banco Mundial, para ações e obras na FASC, tais como reforma dos CRAS do município, aumento de RH para acompanhamento familiar nos CRAS e CREAS, reestruturação de prédios próprios, investimento em parque tecnológico da FASC para informatização de dados, entre outros.

Representando o Coletivo PopRua/RS, Cicero Gomes de Almeida trouxe um relato pessoal, contando que primeiro foi usuário do serviço da FASC e hoje trabalha na rede Bandeirantes. “Se eu estou aqui é porque alguma coisa na assistência deu certo”, declarou. A diretora de Comunicação do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA), Cindi Sandri, criticou a política de privatização do governo e questionou números trazidos pelo presidente da FASC, apontando o déficit no quadro de servidores. 

Na mesma linha, representando o Fórum Municipal dos Trabalhadores da Assistência Social de Porto Alegre (FOMTAS), Ângela de Aguiar da Silva falou sobre a falta de empatia para com os trabalhadores da área de assistência social, criticando a rotatividade destes profissionais, quando terceirizados, por exemplo. Salientou que deve ser criado um vínculo entre os usuários do serviço com os profissionais. “Sempre vamos lutar pela política de assistência social enquanto direito”, enfatizou.

Para a executiva do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Iara da Rosa, “com relação à população de rua a gente está devendo. Enquanto nós não reconhecermos que as pessoas têm direito a viver, as coisas não vão mudar”.

Após um espaço para perguntas e comentários do público presente, o vereador Matheus Gomes fez os encaminhamentos da reunião e sugeriu a realização de uma nova audiência que trate sobre as emendas impositivas, com data ainda a ser definida.

Texto

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)

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Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)