Frente do Autismo

Claudio Janta defende emendas para Centro de Atendimento do Autista em Porto Alegre

Vereador manifestou intenção de destinar recursos do orçamento impositivo da Câmara Municipal para implantar Centro de Referência na Capital; Frente Parlamentar buscará sensibilizar outras parlamentares e esferas.

Frente discute Centro de Referência do Autismo (Foto: Patrícia Cordeiro)
Centro de Referência para o autismo está entre principais reivindicações de familiares na Capital. (Foto: Patrícia Cordeiro)

O vereador Claudio Janta manifestou a intenção de destinar recursos do orçamento impositivo da Câmara Municipal (cerca de R$ 1 milhão por vereador) para a implantação de um Centro de Referência do Autismo na Capital. A proposta foi debatida nesta terça-feira (24), em reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos do Autista, após a apresentação do caso de sucesso do Centro de Atendimento ao Autista de Pelotas, em atividade desde 2014. Além de dedicar a sua parcela dos recursos para consolidar o serviço, Janta conclamou para mobilização através de abaixo-assinado a fim de sensibilizar outros parlamentares e esferas.

"A demanda do autismo é invisibilizada pela falta de dados concretos sobre essa população, mas sabemos que ela é muito grande e não conta com os recursos públicos necessários. Recentemente vimos deputados abrindo mão de valores destinados às emendas parlamentares que também podem ser dedicados à causa em todo o Estado, vamos mobilizar para isso", defendeu.

A proposta foi apresentada após a palestra de Débora Jacks, diretora do Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura. Em funcionamento desde 2014 na cidade de Pelotas, a instituição iniciou atendendo a 58 autistas. Hoje, são mais de 450 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, com acesso a múltiplas terapias e acompanhamento de especialistas de diversas áreas.

"Às vezes as pessoas acham que é preciso recursos caríssimos, mas não é verdade. Demanda financeiro, demanda uma série de coisas, mas o principal é ter vontade de fazer", manifestou.

Abordando uma série de aspectos técnicos sobre o funcionamento do serviço, a diretora enfatizou a atuação dedicada à intervenção precoce, que se dá dos 3 aos 6 anos de idade. O serviço é prestado com base nas diretrizes de atendimento desenvolvidas pela Universidade do Minho, em Portugal, adaptado ao modelo brasileiro com auxílio da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). A palestra pode ser conferida na íntegra, clicando aqui.

Texto

Andréia Sarmanho (reg. prof. 15.592)