Cedecondh

Comissão debate a saúde da pessoa idosa em Porto Alegre

Saúde da Pessoa Idosa de Porto Alegre.
Técnicos apresentaram dados sobre população idosa na Capital (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)

A saúde da pessoa idosa foi a pauta debatida na reunião desta terça-feira (17/10) pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), da Câmara Municipal de Porto Alegre. A iniciativa foi do vereador Alvoni Medina (Republicanos).

No encontro, foram debatidos os direitos e necessidades da população porto-alegrense com mais de 60 anos. Saúde mental e física, esporte, lazer e segurança também foram abordados. A coordenadora de saúde da pessoa, Clésia Micaeli, apresentou aos vereadores a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, que é um instrumento formulado pelo Ministério da Saúde e existe desde 2017. Na caderneta, constam informações sobre avaliações multidisciplinares – o idoso passa por avaliação clínica, psicossocial e física –, preenchimento de análises de saúde e orientações sobre o estatuto do idoso e política nacional de saúde.

 

“A avaliação multidisciplinar sempre tem um desfecho, que vai ser um diagnóstico, e às vezes mais de um desfecho”, explicou Micaeli. De acordo com ela, esse tipo de análise pode identificar não só doenças, mas possíveis situações de riscos contra os idosos, como maus tratos. A coordenadora ressaltou também que a prática de atividade física é crucial para a saúde e bem-estar da população com mais de 60 anos.

 

A coordenadora dos Direitos da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), Cássia Andréa, afirmou que, atualmente, 33 milhões de pessoas são idosas no Brasil. Em Porto Alegre são cerca de 334 mil idosos. “A gente vai ter que começar a criar prioridades dentro da prioridade, porque a gente não estava totalmente preparado (os serviços públicos) para esse crescimento da população idosa”, apontou  Andréa. 

 

De acordo com ela, à medida que a população possui mais serviços públicos de qualidade e que a expectativa de vida aumenta, acaba gerando um número significativo de pessoas idosas. Para Andréa, é necessário que as políticas públicas se adaptem às demandas atuais, com a abertura de espaços para orientação à saúde, questões jurídicas e assistência social.

 

Ela também citou um novo serviço da pasta de Desenvolvimento Social, o Centro de Referência dos Direitos Humanos, que atende de forma prioritária pessoas idosas.

Texto

Josué Garcia (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (Reg. Prof. 6062)